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06/11/2019 às 18h37min - Atualizada em 06/11/2019 às 19h03min

Van comprada por Alexandre Nogueira é apreendida em Uberlândia

Veículo estava escondido em uma loja de revenda de vans e utilitários no bairro Minas Gerais

CAROLINE ALEIXO
PM fez apreensão na tarde desta quarta-feira (6) no bairro Minas Gerais | Foto: PM/Divulgação
A van adquirida pelo vereador Alexandre Nogueira (PSD) e colocada em nome de terceiro, como apontado nas investigações da Operação O Poderoso Chefão, foi apreendida pela Polícia Militar (PM) na tarde desta quarta-feira (6) em Uberlândia.

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), o veículo estava escondido em uma revenda de vans e utilitários localizada no bairro Minas Gerais e foi encontrado após os trabalhos de investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). 

A van foi localizada atrás de um carro de passeio, na área de manutenção a veículos do estabelecimento comercial, e foi removida para o pátio credenciado do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG). 

Em depoimento na sede do MPE, na última semana, o vereador confessou que comprou a van pelo valor de R$ 54 mil e registrou em nome de um laranja, também alvo da operação, para que o veículo pudesse ser utilizado no serviço de transporte escolar da cidade de Araguari. 

 

A van então foi colocada à disposição da Limiar Transportes para a prestação do serviço e era conduzida por um motorista contratado pela empresa. De acordo com o MP, Nogueira recebia parte dos lucros. 

A Limiar é apontada nas investigações como integrante do grupo econômico composto pelos mesmos dirigentes da Cooperativa dos Transportadores de Passageiros e Cargas (Coopass) e da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP).

Essas empresas, segundo apuração inicial do Gaeco, foram constituídas com o intuito de maquiar a origem do dinheiro supostamente desviado do serviço municipal de transporte. Inclusive algumas delas têm funcionamento na mesma sede física da ATP em Uberlândia.  

HISTÓRICO 

As investigações do Gaeco têm como foco apurar eventuais desvios dos cofres municipais com a prestação de serviço de transporte escolar. Só no ano de 2016, os prejuízos ao erário do Município de Uberlândia chegaram a cerca de R$ 7 milhões a partir da adulteração de planilhas para receber montante supervalorizado ao que realmente foi percorrido pelas vans do transporte.

A apuração aponta ainda uma diferença de 4 milhões na quilometragem o que, segundo o Gaeco, equivaleria a quase 22 mil voltas no entorno de Uberlândia. Há suspeitas também de que o esquema fraudulento tenha ocorrido pelo mesmo grupo criminoso na cidade de Araguari. São investigados crimes de organização criminosa, obstrução de justiça, peculato, estelionato e lavagem de dinheiro. 

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