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27/06/2024 às 10h50min - Atualizada em 27/06/2024 às 10h50min

Audiência pública vai debater plano de ocupação do novo bloco do HC-UFU

Prestes a ser inaugurado, bloco 8DJU teve suas obras concluídas após 14 anos

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Audiência vai debater temas como o aumento de leitos, ampliação de equipe e aquisição de materiais e equipamentos para o complexo hospitalar I Foto: Comunica UFU/Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) realiza, nesta sexta-feira (28), uma audiência pública para discutir o plano de ocupação do novo bloco do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). O objetivo é ouvir autoridades e cidadãos para debater temas relacionados ao assunto, como o aumento de leitos e serviços na unidade de saúde, a ampliação de equipe e também a aquisição de materiais e equipamentos para o pleno funcionamento da nova ala médica. O evento, aberto à comunidade, acontece às 15h no Anfiteatro do Bloco 8C do campus Umuarama da universidade.

O Hospital de Clínicas é considerado referência regional no atendimento de saúde de média e alta complexidade para 60 municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Após um longo impasse de 14 anos do início das obras para ampliação do complexo, período em que ocorreram suspensões, retomadas e intervenções judiciais relacionados à unidade, as obras do Bloco 8DJU foram concluídas e a nova área deve ser inaugurada ainda este ano. 

A intenção da audiência pública organizada pelo MPF é debater as possibilidades de ocupação do novo bloco e o planejamento para que o espaço seja aproveitado da melhor forma para atender a população. Antes do evento, a partir das 14h, será realizada uma visita às obras, permitindo que os interessados conheçam as instalações e visualizem os benefícios que o novo bloco hospitalar trará para a comunidade.

O projeto de ampliação do hospital foi incluído no Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais, lançado pelo governo federal em 2010, que destinou o valor global de R$ 94,7 milhões para ampliação da atual área do complexo hospitalar em mais de 26 mil metros quadrados. A construção do Bloco 8DJU (Centro de Trauma) no Hospital de Clínicas de Uberlândia, teve início em 2012, mas ficou parada por três anos devido a problemas nos projetos e dificuldades financeiras da empresa contratada. Em 2014, o MPF instaurou um inquérito civil público para apurar possíveis irregularidades nas obras. 

Em 2018, após a conclusão do inquérito, o MPF ajuizou uma ação civil pública para que as obras fossem retomadas, a Justiça Federal atendeu o pedido e obrigou a empresa Ibeg Engenharia e Construções Ltda, com sede no Rio de Janeiro, a desocupar a área onde estavam sendo erguidas edificações para ampliação do HC-UFU, com a retirada imediata de seus equipamentos e pessoal. Foi determinado também, que a Ibeg fornecesse à universidade toda a documentação técnica referente às obras, incluindo diário de obras, projetos, catálogos, manuais, termos de garantia, notas fiscais, entre outros documentos. 

Após um processo judicial complexo, a obra foi retomada em 2019, mas a Ibeg não conseguiu executá-la e um termo de rescisão foi firmado em 2020. Nesse mesmo ano, um novo contrato foi assinado com o Consórcio Hospital Universitário de Uberlândia, composto pelas empresas Engeform Engenharia Ltda e Normatel Engenharia Ltda para a conclusão da obra, com previsão de entrega em 2023. 

No entanto, em 2022, o MPF teve que ajuizar nova ação civil pública, desta vez para obrigar a União e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) a promoverem o restabelecimento do crédito orçamentário no valor de R$ 21.499.513,54 para aplicação na continuidade da execução da obra do Hospital. A ação foi necessária devido a retenção do orçamento em razão do teto de gastos. Em 2023, o MPF precisou atuar mais uma vez judicialmente para garantir recursos necessários à execução da obra. Agora, após todas essas etapas, o novo bloco está próximo de ser inaugurado e ser utilizado em benefício da população. 



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BLOCO 8DJU
Com área construída de 32.965,40m², o complexo vai abrigar toda a estrutura de apoio para três linhas de cuidados prioritários do Sistema Único de Saúde (SUS): trauma, cardiovascular e neurologia, com equipamentos de imagem e diagnóstico, central de material esterilizado, heliponto, entre outros.

Com toda a infraestrutura praticamente finalizada, a expectativa é de que a inauguração do 8DJU ocorra ainda este ano. A UFU tem a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além do ministro da Educação Camilo Santana estejam presentes noa inauguração do complexo.

O Bloco 8DJU foi projetado para atender todo o fluxo do paciente de trauma, sendo estabilizado na Shock Room, passando para o Centro Cirúrgico, UTI e Enfermaria de Internação, seguindo para alta hospitalar. A estrutura contempla: 249 leitos, 22 salas cirúrgicas, 65 leitos do Pronto-Socorro, 146 leitos de internação, 30 leitos de UTI e 8 leitos de queimados. Estima-se que, em sua capacidade total, o bloco irá gerar mais 2 mil empregos diretos quando em pleno funcionamento.

O novo bloco hospitalar da UFU também possibilitará a histórica necessidade de adequação do parque tecnológico, dos recursos humanos e da melhor qualificação do cuidado de Urgência e Emergência, por meio de espaços de atendimentos dignos para o acolhimento, diagnóstico, estabilização e internação. Contará com ambientes projetados com alta tecnologia, o que permitirá um cuidado humanizado, com fluxos bem planejados e redução dos agravos à saúde, além da melhoria da formação profissional dos estudantes da universidade e residentes, além da criação de novas oportunidades de pesquisa clínica.

A disponibilidade do novo bloco hospitalar garantirá melhor eficiência dos processos de gestão da saúde para a cidade de Uberlândia e região do Triângulo Norte. “A parceria com a Ebserh é fundamental para garantir os recursos materiais e humanos capazes de garantir o funcionamento deste novo bloco hospitalar, tornando o HC-UFU/Ebserh uma das maiores e mais modernas estruturas de atendimento à saúde considerando o conjunto das universidades federais. E, tudo isso, dentro do Sistema Único de Saúde (SUS)”, concluiu Valder Steffen Jr.

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