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28/09/2023 às 15h19min - Atualizada em 28/09/2023 às 15h19min

Lohan Ramires é condenado a mais sete anos de prisão por lavagem de dinheiro

Decisão foi publicada nesta quarta (27) e acatou uma denúncia do Ministério Público feita durante a operação “Diamante de Vidro”

REDAÇÃO | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Lohan Ramires chegou a ser preso em maio de 2022, mas foi solto após um alvará concedido pela Justiça | Foto: Reprodução/Redes Sociais

A 1ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia condenou, em 1ª instância, nesta quarta-feira (27), o influenciador Lohan Ramires a sete anos de prisão, em regime inicial semiaberto, pelo crime de lavagem de dinheiro, descoberto durante a operação “Diamante de Vidro”, em 2021. Lohan já havia sido sentenciado a 18 anos de reclusão por tráfico de drogas, associação criminosa e falsidade ideológica, mas foi solto da prisão após um alvará concedido pela Justiça. 

Além de Ramires, outras oito pessoas foram condenadas, em 1ª instância, a penas que chegam a sete anos e nove meses de prisão. A decisão da Justiça ainda cabe recurso. Conforme apurado e denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a lavagem do dinheiro era praticada pelo grupo criminoso como forma de tentar ocultar os valores recebidos com o tráfico ilícito de entorpecentes. Na época da operação Diamante de Vidro, 15 pessoas foram presas em Uberlândia, incluindo um policial militar. 

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O influenciador Lohan foi preso em maio de 2022 durante a operação “Má Influência”. Ele foi acusado de adquirir fármacos anabolizantes de uso controlado, com o objetivo de vendê-los na cidade. As investigações apontaram que ele e o médico Leonardo Pinder, também detido na ação, emitiram cerca 63 declarações falsas em receitas médicas, com o objetivo de facilitar a compra do medicamento Genotropin. Entre maio de 2019 e agosto de 2021, os acusados prescreveram, adquiriram, venderam e entregaram o medicamento em desacordo com a determinação legal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e falsidade ideológica, Ramires foi condenado a 18 anos de regime fechado em fevereiro deste ano. Mesmo após a sentença, o influenciador deixou o presídio Professor Jacy de Assis no mês de junho através de um alvará concedido pela Justiça e, até o momento, continua em liberdade. Com a nova pena, Lohan deverá cumprir cerca de 26 anos de prisão.

O Diário tenta contato com as defesas dos condenados para solicitar posicionamento sobre a sentença. 

ATAQUE AUTORIDADES
Lohan Ramires, Leandro Diego Naves, Marcelo Gonçalves Carvalho, condenados nesta quarta, também são investigados
por planejar ataques contra autoridades públicas da região. Denominada "Operação Erínias", a força-tarefa descobriu o plano do grupo para atacar um promotor de Justiça, um delegado, um investigador e um agente da polícia penal.

As investigações revelam que os autores organizaram, dentro do presídio Jacy de Assis, um plano para executar as autoridades. Eles arrecadariam cerca de R$ 250 mil em uma espécie de consórcio, escolheram veículos para o dia da ação e ainda compraram um arsenal bélico, incluindo munições.

Em agosto deste ano, o delator do plano foi assassinado a tiros, em Betim. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ele prestou depoimento à Polícia Civil no mês de maio, quando informou detalhes sobre uma carta contendo ameaças de morte aos agentes públicos. Durante a delação, ele temeu pela sua segurança e pediu para fazer um acordo com o promotor. 

 

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