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02/07/2024 às 11h10min - Atualizada em 02/07/2024 às 11h10min

Quadrilha que movimentava mais de R$ 5 bilhões com tráfico internacional de drogas é alvo de operação em Uberlândia

Polícia Federal cumpre 11 mandados na manhã desta terça (2), sendo 4 de prisão e outros 7 de busca e apreensão

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Envolvidos criavam empresas de fachada e adquiriam imóveis e veículos de luxo para terceiros I Foto: Polícia Federal/Divulgação

Onze mandados, entre eles 4 de prisão e outros 7 de busca e apreensão, são cumpridos em Uberlândia na manhã desta terça-feira (2), durante a "Operação Terra Fértil", deflagrada pela Polícia Federal (PF). A ação tem como objetivo promover a descapitalização patrimonial e desarticulação de uma organização criminosa que atua no tráfico internacional de drogas.

Segundo a PF, a operação reuniu cerca de 280 policiais federais, que cumprem no total nove mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte. Além de Uberlândia, as ordens são cumpridas em outras cidades de Minas Gerais e outros seis estados, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Goiás. 

As investigações da Polícia Federal revelaram uma complexa engrenagem montada pelo grupo criminoso e a grande quantidade de indivíduos interconectados, alguns deles com envolvimento com uma facção criminosa conhecida. Um narcotraficante internacional e pessoas físicas e jurídicas a ele associadas faziam parte de uma rede que cometia diversos delitos, visando principalmente ocultar e dissimular o patrimônio proveniente da prática de inúmeros crimes, dentre os quais o tráfico internacional de drogas. O homem já foi investigado em outras ocasiões pela PF e há suspeitas de que ele enviava cocaína para países das Américas do Sul e Central, com destaque para remessas a violentos cartéis mexicanos.

Durante as investigações, constatou-se que os envolvidos criavam empresas de fachada, sem vínculo de empregados no sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), e adquiriam por meio dessas empresas imóveis e veículos de luxo para terceiros, assim como movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com seu capital social. Os sócios das empresas geralmente não possuíam vínculos empregatícios há anos, alguns até receberam auxílio emergencial.

A PF também constatou que algumas das pessoas jurídicas efetuavam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores. Estima-se que o montante dos valores ilegalmente movimentados pela organização criminosa atinge a quantia de mais de R$ 5 bilhões de reais no período de pouco mais de cinco anos.


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