Dez mandados de prisão e 12 de busca e apreensão estão sendo cumpridos na manhã desta sexta (23), em Uberlândia, durante uma força-tarefa desencadeada pelo Ministério Público Estadual (MPE), Polícia Civil (PC), Polícia Penal (PP) e Polícia Militar (PM). Segundo informações, os alvos são parte de uma organização criminosa que planejava ataques contra autoridades.
Denominada "Operação Erínias", a força-tarefa descobriu o plano da organização criminosa para promover ataques a autoridades. A lista tinha como vítimas um promotor de Justiça, um delegado, um investigador e um agente da polícia penal. Um dos envolvidos na elaboração do plano é o influenciador Lohan Ramires, preso durante a 'Operação Má Influência' em maio de 2022. Ele foi condenado a 18 anos de prisão, mas foi solto no início deste mês, após um alvará concedido pela Justiça.
Outro envolvido no esquema é Leandro Diogo Naves, preso em outubro de 2021 durante a 'Operação Balada', força-tarefa desencadeada para desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas, de armas de grosso calibre e lavagem de dinheiro. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), Leandro estava detido no Presídio Professor Jacy de Assis desde o dia 6 de outubro de 2021, sendo solto no último dia 2 de junho deste ano, após um alvará concedido pela Justiça.
Os demais presos são: Marlon Batista Nunes, Rafael Ardila Chaves, Marcelo Gonçalves Carvalho, Jonathan Rodrigues da Silva, Anderson Modesto Cunha, Vandeir Tavares da Silva de Lima e Hiago Margues Ruas. Veja detalhes sobre os acusados:
O advogado que representa Anderson Modesto Cunha, Lohan Ramires e Hiago Marques Ruas informou que os três clientes estão cedendo a senha dos celulares para facilitar a investigação e que, após a oitiva e a perícia dos aparelhos, a defesa entrará com pedido de liberdade na Justiça. O Diário tenta contato com os demais envolvidos para obter posicionamento sobre as acusações.
As investigações revelam que o grupo criminoso organizou, dentro do Presídio Jacy de Assis, o plano para executar as autoridades. Eles arrecadariam cerca de R$ 250 mil em uma espécie de consórcio, escolheram veículos para o dia da ação e ainda compraram um arsenal bélico, incluindo munições.
Com a soltura recente de parte do bando criminoso, as ordens foram determinadas recentemente através de uma carta, onde o líder da organização determinou a execução das autoridades públicas. No documento, o bando revelou ainda que possui patrimônio ilícito em nome de laranja e indicam um plano de fuga após o suposto atentado.
Na operação, atuam quatro promotores de Justiça, 53 policiais militares, 61 policiais civis, além de 36 viaturas e um helicóptero. Uma coletiva de imprensa foi marcada para às 11h desta sexta para mais esclarecimentos sobre o caso. O Diário acompanha e traz mais atualizações a qualquer momento.
* Texto atualizado às 16h00 para acréscimo de informações.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
VEJA TAMBÉM:
• Maconha avaliada em R$ 500 mil é apreendida na BR-050, em Uberlândia