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30/09/2022 às 15h10min - Atualizada em 01/10/2022 às 17h10min

Romeu Zema espera ter segundo mandato com “mais fôlego financeiro”; confira as propostas do candidato

Atual governador destacou conquistas de sua gestão e voltou a lembrar crise financeira deixada por gestões anteriores

DHIEGO BORGES E SÍLVIO AZEVEDO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Atual governador respondeu a perguntas do Diário sobre saúde, educação, economia e propostas para o Triângulo Mineiro I Foto: GIL LEONARDI/NOVO-30
Fechando a série de entrevistas com os candidatos ao Governo de Minas nas Eleições que acontecem no domingo (2), o Diário traz nesta sexta-feira (30) as propostas do atual governador de Minas e candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo).
 
Em sabatina produzida pela equipe de jornalismo do Diário, Zema destacou conquistas do primeiro mandato, apontando resultados positivos do governo na geração de empregos, além de investimentos na educação e saúde, e voltou a lembrar prejuízos deixados por administrações anteriores. Disse ainda que espera ser eleito para um segundo mandato, em que terá “mais fôlego financeiro” para fazer novos investimentos no estado.
 
Participaram da série os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais, cujos resultados foram divulgados até o fim da última semana. Conforme alinhamento com as campanhas, a publicação das entrevistas com Alexandre Kalil (PSD), Carlos Viana (PL) e Romeu Zema (Novo) seguiu o critério de ordem alfabética. As perguntas foram as mesmas para todos os candidatos, respeitando princípios de isonomia e imparcialidade.


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O primeiro entrevistado da série, na quarta-feira (28), foi Alexandre Kalil. O segundo foi Carlos Viana (PL), que teve sua publicação na última quinta (29).
 
Confira a entrevista completa com Romeu Zema:
 
DIÁRIO: Quais são as principais propostas e investimentos para o Triângulo Mineiro, caso o senhor seja reeleito ao Governo do Estado?
 
ROMEU ZEMA: Quero fazer um segundo mandato bem melhor do que o primeiro, pois já não teremos o peso da dívida herdada do governo passado de R$ 30 bilhões que quitamos nesses quase quatro anos. Como disse no debate da TV Globo, todos os dias eu pago cerca de R$ 20 milhões de dívidas. Isso dá mais de R$ 800 mil por hora ou R$ 7 mil, por minuto. Sem esse peso, vamos poder melhorar ainda mais a parte de infraestrutura regional, Educação e Saúde, além de acelerar a atração de investimentos e a geração de empregos no estado. Nessa quinta-feira, saiu o dado mais recente do Caged e chegamos a quase 600 mil novos postos de trabalho criados na minha gestão.
 
Lembrando que no governo anterior, o saldo foi negativo em 208.819 vagas de trabalho que foram perdidas com a gestão petista em Minas. Logicamente, o Triângulo Mineiro tem papel preponderante nesse fomento da atividade econômica mineira. Cidades, como Uberlândia, Uberaba e Araguari, estão entre os principais polos de investimento em nível estadual. As duas maiores cidades da região estão cada vez mais ampliando o portfólio de atividades, seja no agronegócio ou na indústria, com ampliações das plantas das fábricas de cerveja, que conciliam a produção agrícola e industrial, com a distribuição para todo o território nacional.
 
Aliando ainda o fator da logística privilegiada que temos no Triângulo. Com investimento de bilhões, a produtora de celulose solúvel já está em atividade entre os municípios de Araguari e Indianópolis. São ativos fundamentais para mantermos o ritmo de aceleração da economia mineira. Minas Gerais está crescendo mais do que o País. Segundo a Fundação João Pinheiro, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado avançou, percentualmente, seis vezes mais do que o nacional no segundo trimestre de 2022.
 
Vamos continuar uma gestão com “Minas nos Trilhos”, e multiplicando aquilo que já fizemos para as mineiras e mineiros.

 
DIÁRIO: Ainda falando sobre o Triângulo Mineiro, recentemente o estado anunciou um programa de concessões para melhorias nas estradas da região. No entanto, há um impasse entre o Governo e o Ministério Público Federal quando o assunto é a BR-365, que corta diversas cidades da região e permite a ligação com outros estados. A duplicação do trecho dessa BR, entre Uberlândia e Patos de Minas, é uma demanda importante para a população do entorno. Como o senhor pretende atuar para resolver a questão?
 
ROMEU ZEMA: Tivemos nesta semana a notícia veiculada, inclusive, por vocês do Diário, que li na internet aqui durante a campanha, sobre a derrubada da liminar para retomarmos o processo de concessão da BR-365. E meu secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, está convicto que poderemos estender a duplicação de Patos até Patrocínio, que era o principal objeto do questionamento judicial.
 
DIÁRIO: Sabemos que o Estado tem uma dívida de cerca de R$ 30,2 bilhões, acumulada em gestões anteriores, segundo informações da Secretaria de Estado de Fazenda. Algumas já foram quitadas, mas ainda há, além disso, outras pendências, como um valor de R$ 7,5 bilhões de depósitos judiciais do Tribunal de Justiça, que começou a ser pago em janeiro. A quitação, mesmo, está prevista somente para janeiro de 2028. Como o senhor pretende fazer novos investimentos e melhorias em Minas, diante desse cenário?
 
ROMEU ZEMA: Quero fazer um segundo mandato bem melhor do que o primeiro, pois já não teremos o peso da dívida herdada do governo passado de R$ 30 bilhões que quitamos nesses quase quatro anos. Como disse no debate da TV Globo, todos os dias eu pago cerca de R$ 20 milhões de dívidas. Isso dá mais de R$ 800 mil por hora ou R$ 7 mil, por minuto. Sem esse peso, vamos poder melhorar ainda mais a parte de infraestrutura regional, Educação e Saúde, além de acelerar a atração de investimentos e a geração de empregos no estado. Nessa quinta-feira, saiu o dado mais recente do Caged e chegamos a quase 600 mil novos postos de trabalho criados na minha gestão.
 
Lembrando que no governo anterior, o saldo foi negativo em 208.819 vagas de trabalho que foram perdidas com a gestão petista em Minas. Logicamente, o Triângulo Mineiro tem papel preponderante nesse fomento da atividade econômica mineira. Cidades, como Uberlândia, Uberaba e Araguari, estão entre os principais polos de investimento em nível estadual. As duas maiores cidades da região estão cada vez mais ampliando o portfólio de atividades, seja no agronegócio ou na indústria, com ampliações das plantas das fábricas de cerveja, que conciliam a produção agrícola e industrial, com a distribuição para todo o território nacional.
 
Aliando ainda o fator da logística privilegiada que temos no Triângulo. Com investimento de bilhões, a produtora de celulose solúvel já está em atividade entre os municípios de Araguari e Indianópolis. São ativos fundamentais para mantermos o ritmo de aceleração da economia mineira. Minas Gerais está crescendo mais do que o País. Segundo a Fundação João Pinheiro, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado avançou, percentualmente, seis vezes mais do que o nacional no segundo trimestre de 2022.
 
Vamos continuar uma gestão com “Minas nos Trilhos”, e multiplicando aquilo que já fizemos para as mineiras e mineiros.

               
DIÁRIO: Um dos temas que têm sido bastante discutido em Minas é a questão do Meio Ambiente. O estado comporta mais de 50% da produção nacional de minerais metálicos. No entanto, nos últimos anos, acidentes como o de Brumadinho e, mais recente, a concessão para exploração da Serra do Curral, em BH, levantam questionamentos da população sobre o risco dessa atividade econômica, não apenas para o meio ambiente, mas também para cidadãos que vivem próximos às barragens. Qual é o caminho que Minas precisa tomar para equilibrar essa equação?
 
ROMEU ZEMA: Trabalhamos nestes quatro anos para diversificar as atividades econômicas em Minas para reduzir gradativamente a participação da atividade mineradora no PIB. Essa ação é para equacionar a atividade econômica e a sustentabilidade. Após Brumadinho, em conjunto com a sociedade civil organizada, tornamos mais rigorosa a legislação para a mineração com o projeto de lei que sancionei do “Mar de Lama Nunca Mais”. Além disso, aplicamos o maior valor já feito no Brasil em um termo de reparação pelo desastre provocado pela Vale.
 
DIÁRIO: Dados divulgados pelo Inep, órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), mostram que Minas Gerais não atingiu algumas das metas definidas para este ano no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O resultado revelou uma queda de desempenho do aprendizado nos anos iniciais, assim como no ensino médio, um reflexo possível da defasagem causada pela pandemia. Quais são as suas propostas para a recuperação desses estudantes e para que a Educação em Minas Gerais retorne aos patamares ideais?
 
ROMEU ZEMA: Em 2021, tivemos o recorde de investimentos na Educação mineira e em 2022 seguiremos esse ritmo. Foram empenhados e pagos mais de R$ 17 bilhões para essa área tão essencial. O valor supera o patamar mínimo constitucional de 25% do orçamento. No governo passado, somente 37% das escolas estaduais estavam em situação muito boa ou ótima. No nosso governo esse índice subiu para 67%, o que representou aumento de 68%. Para acontecer isso, aplicamos mais de meio bilhão de reais para realizar reformas e reparos nas estruturas escolares. Houve também aumento em mais de 660% no número de alunos matriculados em escolas de tempo integral.
 
Em relação ao Ideb, a nota do Ensino Médio se manteve em 4,0, sendo que essa nota foi atingida em 2019 e é a maior da história de Minas. A nota do Ensino Fundamental anos finais subiu de 4,6 para 5,0, e em 2019 também tinha aumentado. A queda no Ensino Fundamental nos anos iniciais era esperada e ocorreu em diversos estados, por causa da dificuldade de crianças, nessa faixa etária entre 6 e 10 anos, de acompanharem os métodos remotos de ensino adotados durante a pandemia. Para recuperar as perdas de aprendizagem dos alunos, a rede estadual de Minas está investindo em reforço escolar. Atualmente, 90 mil estudantes estão matriculados em aulas de reforço de português e matemática.

 
DIÁRIO: O governo mineiro vem registrando, desde 2014, atrasos em pagamentos de recursos da saúde aos Municípios, o que prejudica a efetividade da prestação do serviço público. Essas dívidas acumuladas somam quase R$ 7 bilhões. Recentemente um acordo com o Ministério Público permitiu o parcelamento de parte da dívida em 96 parcelas, a partir de outubro deste ano. Qual é o planejamento do candidato para que o Estado fique em dia com estes compromissos em uma área tão importante como a saúde, evitando novos problemas no futuro?
 
ROMEU ZEMA: No ano passado, que é dado consolidado do orçamento já realizado, só para Uberlândia destinamos para o setor da Saúde, R$ 123 milhões. Esse valor é quase 9 vezes maior do que foi transferido em 2018, no último ano do governo passado. Também pagamos mais de R$ 100 milhões para a prefeitura uberlandense daquilo que não foi pago pelo ex-governador petista, que agora é aliado do nosso principal adversário. Ainda temos um passivo grande para quitar, e que temos que pagar primeiro as dívidas mais antigas. Esse escalonamento já foi feito no acordo com a Associação Mineira dos Municípios (AMM) e teremos orçamento para ir colocando em dia essa fatura bilionária deixada pelo Pimentel.
 
DIÁRIO: Determinados impasses com o serviço público tem sido alvo de manifestações recentes no estado, com reivindicações por recomposição salarial por parte de servidores da segurança pública, educação e saúde, além da cobrança de atrasos de pagamentos e outros direitos. Com o estado em dificuldade financeira, como o candidato pretende atuar para garantir a manutenção de um atendimento público de qualidade e diminuir algumas das insatisfações das categorias?
 
ROMEU ZEMA: Considero justas as reivindicações do funcionalismo. Mas temos que lembrar como era a situação que pegamos no início do governo. Salários atrasados, parcelados, 13º não pago, empréstimos consignados que foram recolhidos pelo governo do Pimentel e que não foram pagos aos bancos, levando o nome de centenas de milhares de servidores para o Serasa/SPC. Conseguimos sanar esse problema e voltamos a pagar em dia. Nesse ano, depois de dez anos, demos o reajuste medido pela inflação para todos os servidores de maneira igual para todas as categorias.
 
E, como disse na primeira pergunta, agora que já conseguimos pagar bilhões em dívidas, teremos um segundo mandato com mais fôlego financeiro para valorizar os servidores da forma como eles merecem. Sobretudo com a vigência do plano de recuperação econômica, que conseguimos aderir via-Supremo, teremos mais condições de prever nossas contas públicas. Pois, ao contrário do que o adversário tem dito, poderemos fazer sim concursos e dar reajustes, desde que o estado continue gastando menos do que arrecada.
 
Que foi outro feito nosso em 2021, pela primeira vez em quase 11 anos, as receitas superaram as despesas correntes em Minas. Por isso, é que tenho dito. Agora, neste domingo, mineiras e mineiros terão duas opções: voltar ao passado das contas não pagas do PT-Pimentel, agora com o novo aliado deles, ou manter o ritmo de crescimento conosco de olho no futuro, votando 30 para governador.


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