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26/09/2017 às 17h22min - Atualizada em 26/09/2017 às 17h22min

'It: A Coisa'

KELSON VENANCIO | COLUNISTA
Foto: Divulgação

 

Para os que ainda não sabem, "It: A Coisa" é uma readaptação do livro homônimo escrito por Stephen King e que já teve uma adaptação cinematográfica em 1990 com o título "It: Uma obra prima do medo" que se tornou um dos clássicos do terror naquela década, mesmo não sendo lá essas coisas principalmente pela falta de recursos na área de efeitos visuais e com um final bem tosco.

Mas para a felicidade dos fãs do bom e velho terror, especialmente aqueles que como eu amam as obras de Stephen King, a nova versão é um dos melhores filmes baseados na obra deste autor. “It” começa com o assassinato de uma criança, George Denbrough, no bueiro local, na pequena cidade de Derry. No verão de 1989 (31 anos mais tarde do que a configuração original), o irmão mais velho de George e seu grupo de amigos começam uma busca pelo assassino, eventualmente, descobrindo que o assassinato foi cometido por uma entidade do mal denominada de Pennywise, um palhaço assassino que está caçando crianças.

Para quem viveu a década de oitenta e a para aqueles que além disso ainda gostaram do clássico antigo, esta nova versão vai agradar. O remake é capaz de nos trazer um saudosismo incrível já que possui inúmeros elementos que nos remetem aquela época como o figurino, a cenografia, e jeito de pentear os cabelos e as brincadeiras comuns daquele tempo. Com isso, o longa, acima de tudo, ainda nos faz viajar no tempo. A amizade entre os garotos nos traz lembranças de filmes antigos como “Os Goonies”, “Conta comigo”, “O Clube dos Cinco” e outros na mesma pegada de “Stranger Things”.

Quem gosta de filmes de terror daqueles que passam muito medo, pode se decepcionar um pouco já que este longa é mais voltado ao terror trash, daqueles exagerados e caricatos. Em alguns momentos o palhaço Pennywise nos faz mais rir do que assustar e isso pode ser uma falha para muita gente. Mas essa mistura de terror-cômico me agradou e a isso soma-se a ótima maquiagem e os efeitos especiais que fizeram o filme ficar melhor que o original.

A direção de Andrés Muschietti foi fundamental para o sucesso desta nova produção. O cineasta conseguiu nos transportar através de seu trabalho para dentro do longa, no submundo de Pennywise. Mas sem dúvida o que mais chama a atenção são as atuações do elenco mirim que arrebentou nas interpretações de seus personagens. A química entre eles é algo fascinante. E por fim, tenho de elogiar também o brilhante trabalho do ator sueco Bill Skarsgård que deu um show de atuação como o palhaço macabro.

Agora é esperar a segunda parte que com tamanho sucesso de bilheteria com certeza deve ser produzida em breve. História é o que não falta afinal a obra original de Stephen King contém mais de mil páginas.

Nota 8

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