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08/06/2017 às 05h34min - Atualizada em 07/06/2017 às 05h34min

'The Walking Dead' - Temporada 7

KELSON VENÂNCIO | COLUNISTA
Foto: Divulgação

 

O último episódio da 6ª temporada de "The Walking Dead" nos deixou com uma das maiores expectativas que eu já senti desde quando comecei a ver seriados na TV. A season finale nos traz uma mórbida brincadeira de "uni duni te" feita pelo personagem Negan tentando escolher as vítimas do famoso taco de baseball carinhosamente chamado por ele de Lucille. Com uma boa edição, a temporada termina sem a gente saber quem foram os assassinados pelo vilão. Com isso, ficamos aguardando essa revelação durante uns sete meses e com muita ansiedade.

E foi justamente no dia 23 de outubro de 2016 que a sétima temporada estreou com o melhor episódio de toda a série até aqui. Com um capítulo extremamente pesado e muito tenso, fomos surpreendidos por saber quais foram as escolhas de Negan. Confesso que mesmo eu, que estou acostumado a ver cenas fortes em qualquer filme de terror, fiquei chocado com o que estava vendo naquele momento. Foi um verdadeiro chute no estômago de qualquer espectador. Além do excelente roteiro, ótima trilha sonora e uma impecável direção, tivemos um show de interpretações do elenco. Mas quem roubou a cena foi o ator Jeffrey Dean Morgan que caiu como uma luva interpretando Negan. E assim ele fez até o fim da temporada.

Infelizmente, por não se tratar de um filme, que tem no máximo duas horas e meia de duração, a série que teve 16 episódios teve momentos que se tornaram cansativos após um início excelente. Muitas cenas e até mesmo capítulos inteiros serviram nitidamente pra "encher linguiça". isso não significa que foram ruins, pois como fã e crítico posso dizer que não fiquei insatisfeito em nenhum momento. Mas o fato é que aquele clima quente foi esfriando com o passar do tempo. Felizmente, o desenvolvimento de alguns bons personagens que surgiram nesta temporada ajudaram a disfarçar bem isso. É o caso de Gregory (Xander Berkeley) o líder da comunidade de Hilltop, Jadis (Pollyanna McIntosh) a líder dos catadores de lixo e o Rei Ezekiel (Khary Payton) líder de uma comunidade denominada "O Reino".

Além dos novos, os atores veteranos parecem estar cada vez mais aprofundados em seus personagens. A química entre eles é intensa e vira um ótimo atrativo para a sustentação de uma narrativa totalmente sofrida e dramática, a qual se estende por todos os episódios. Até mesmo o Carl, que eu particularmente achava sem graça, se redimiu.

Felizmente no fim, temos a volta daquele clima quente que assusta bastante nos dois primeiros episódios. Quando finalmente o grupo liderado pelo até então corajoso (até a chegada de Negan) Rick Grimes, consegue unir forças com as outras comunidades pra enfrentar os Salvadores, "The Walking Dead" volta a ficar excelente. O último episódio, com uma hora de duração, foi muito bem feito e aquele clima tenso voltou a nos assombrar. O confronto com Negan poderia dar certo ou muito errado. No fim, muitas surpresas aconteceram. Algumas boas, outras ruins. E no "fritar dos ovos" aconteceu algo que eu previa. Teremos mais na oitava temporada. E tomara que ela seja tão boa quanto a que acabamos de ver.

Nota 7

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