Foto: DivulgaçãoJojo é um garoto alemão solitário que descobre que sua mãe está escondendo uma garota judia no sótão. Ajudado apenas por seu amigo imaginário, Adolf Hitler, Jojo deve enfrentar seu nacionalismo cego enquanto a Segunda Guerra Mundial prossegue.
Este filme é muito bonitinho e extremamente gostoso de assistir, mesmo com um tema tão pesado que é o nazismo num ambiente de preconceito e de guerra. A maneira com que o roteiro foi escrito e desenvolvido por Taika Waititi, que também dirige o longa e atua como o Hitler imaginário, é ao mesmo tempo sofrido porque mostra os horrores do regime militar da Alemanha e divertido pois apresenta isso na visão de uma criança.
E é justamente esse o grande atrativo do longa. O menino totalmente fissurado no nazismo e fanático no Hitler, vai conhecendo aos poucos as verdades por trás daquilo que cresceu acreditando. E quando ele conhece pela primeira vez uma judia, o sentimento de ódio cultivado pelo que os outros falam pra ele vai dando lugar ao amor pela pessoa e não pela "raça".
O longa tem inúmeras características que agradam bastante como a boa direção, figurino, edição de som e interpretações. Nesse caso temos como destaques as atuações de Scarlett Johansson, indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Até temos um bom trabalho dela neste filme, mas não sei se chega a tanto pra ser indicada. Taika Waititi também atua muito bem como Hitler. Mas pra mim o destaque foi o ator mirim Roman Griffin que dá um show de interpretação.
De uma forma geral, Jojo Rabbit é um bom filme. Uma mistura de drama com comédia. Um filme gostoso de ver. Mas na minha humilde opinião não deveria estar entre os indicados a categoria de melhor filme no Oscar 2020. Tem outros injustiçados melhores que este.
Nota 7
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