Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
05/02/2020 às 08h39min - Atualizada em 05/02/2020 às 08h39min

História de Um Casamento

KELSON VENÂNCIO
FOTO: DIVULGAÇÃO
Simples e intenso. Talvez estas sejam as melhores palavras pra definir o que achei de "A História de Um Casamento". O filme retrata algo extremamente comum, corriqueiro e que já conhecemos bastante. Mas nos mostra isso de uma forma magistral.

Nicole (Scarlett Johansson) e seu marido Charlie (Adam Driver) estão passando por muitos problemas e decidem se divorciar. Os dois concordam em não contratar advogados para tratar do divórcio, mas Nicole muda de ideia após receber a indicação de Nora Fanshaw (Laura Dern), especialista no assunto. Surpreso com a decisão da agora ex-esposa, Charlie precisa encontrar um advogado para tratar da custódia do filho deles, o pequeno Henry (Azhy Robertson).

E depois de ler essa sinopse, você deve estar se perguntando "qual a novidade nisso aí?" E definitivamente nenhuma. É divórcios acontecem o tempo todo e cada vez mais na vida real. Mas o fascinante deste filme e nos mostrar isso de uma forma magnífica. Logo no início da projeção temos uma sequência belíssima que mostra separadamente o que a esposa pensa do marido e depois o que ele pensa dela. Com ótimas imagens e uma boa edição, estes detalhes são nos apresentados de uma forma tão bonita que de cara pensamos que vamos assistir um lindo filme de romance.

E em pouco tempo notamos que aquilo faz parte de uma espécie de terapia de casal. No ato seguinte, os atores mudam completamente as expressões corporais e o longa se torna profundo e muito pesado. E é justamente aí que passamos a sofrer bastante juntamente com o casal que ainda tenta resolver tudo da melhor forma possível, mas que acaba discordando em muitas coisas, especialmente a guarda do filho, e precisa colocar advogados pra resolverem pra eles o que a princípio seria fácil e amigável de ser resolvido.

E em cima dessa trama temos um show de interpretações de Adam Driver e Scarlett Johansson. Os dois mostram porque estão sendo indicados a tantos prêmios. Eles fazem destes os melhores papéis da carreira deles até aqui. As atuações são tão boas que em muitos momentos nos colocamos na pele deles e parece que nós estamos sofrendo aquilo com estes personagens.

E quando a briga deles acaba no tribunal e os advogados que, os representando, tomam o lugar do casal nas ofensas de um para o outro, e finalmente temos a decisão do juiz, temos um final interessante e mais uma vez bem simples e real. A vida que segue, mesmo com os problemas, com os arrependimentos, com o desgaste.

Nota 8

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.






Tags »
Leia Também »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90