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05/01/2020 às 14h00min - Atualizada em 05/01/2020 às 14h00min

Principiar de ano

JOÃO BOSCO

Eu era jovem! Bem jovem! Com toda a potência da juventude. Com toda a energia de um iniciado na vida adulta. Pequeno no tamanho, mas grande na impetuosidade. Eu sou isso, eu sou aquilo, eu faço isso, eu faço aquilo. Eu sou eu! Para falar a verdade, eu era um barril de ignorância que borbulhava e transbordava, e só eu não percebia. Não era sujeito de viver de frases feitas. Autoajuda para mim era leitura de quinta categoria. E assim levava a vida a dissimular todos os meus conflitos resultantes do meu eu. Menosprezava a perda de uma amizade, subestimava o conhecimento de outrem... podia não parecer, mas eu era aquilo que se costuma chamar de íngua. Até que num principiar de ano, numa agência de Correios, deparei-me com um livreto da lavra, segundo os espíritas, de vários espíritos. De lá, tirei o verso de um poema que há décadas martela a minha cabeça: “No mundo da convivência é preciso suportar os outros, para que sejamos suportados”. Esse soco de direita de Chico Xavier, confesso, levou-me a nocaute. Feliz 2020!

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.











 

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