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08/12/2019 às 10h00min - Atualizada em 08/12/2019 às 10h00min

Mineiridades

JOÃO BOSCO
Jeziel, renomado luthier, havia acabado de ser sorteado num consórcio de uma camioneta S10 e, feliz da vida, botou a mulher na boleia e “tiririririm, ô, pô, pô, pô, pô, vamos para a praia que o sol já vem” rumou para o sul da Bahia. Lá encostou a “zero” perto de uma sucata de barco com uma placa de “Vendo - Lenha para queimar”. Desceu do carro, foi até lá e, com o ritual próprio de quem sabe manejar um canivete, tirou uma lasquinha, lavrou, cheirou e, para disfarçar, com ela palitava os dentes.  Mas o Baiano, ali por perto, ao ver que os olhos dele brilhara, dificultou a venda. Vai daqui, dali: “Dou minha camionete neste barco velho”. A mulher deu um grito com jeito de divórcio: JEzieeelll!  Calma mulher, eu pago a sua passagem de volta de avião. Vou resumir e muito essa bela história.  A esposa veio embora com aquele sentimento de marido maluco, idiota, e Jeziel, com aquele jeito especial que é só dele, por lá ficou a cuidar do desmanche.  Resultado: com um décimo do aproveitamento, ele tirou a camioneta de volta. Eu vi lá, na oficina dele, aquelas chapas lindas de jacarandá roxo da Bahia. Te admiro, cara! Você enaltece o nariz de minas.

*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.








 


 
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