No cinema sempre existiu filmes de terror ou suspense em que os vilões são animais bastante conhecidos, como tubarões, gorilas, serpentes e o crocodilos. É claro que em muitas dessas produções estes bichos aparecem de forma extremamente exagerada seja no tamanho e força ou até mesmo geneticamente modificados.
O fato é que nem todos estes filmes são bons, apesar de sempre existir um grande público para vê-los. Mas “Predadores Assassinos” é uma boa pedida neste gênero.
Uma mulher e seu pai ferido ficam presos pelas águas da enchente em sua casa durante um furacão. Com a tempestade aumentando, eles logo descobrem uma ameaça ainda maior do que a água: um ataque implacável de um bando de jacarés gigantes.
A premissa é bem simples e não foge muito da realidade. E é exatamente essa simplicidade o ponto forte da produção. A narrativa, apesar de ter um pequeno início desnecessário, é crescente e chama bastante a atenção do espectador. O roteiro nos traz algo que apesar de muito assustador, pode acontecer na vida real.
Sem muitos gastos com efeitos especiais e uma cenografia que consiste basicamente em uma pequena cidade, focando principalmente no porão de uma casa antiga, a produção nos mostra que com pouca grana também se faz um bom filme.
É claro que em um filme assim, um pouco de situações exageradas sempre vai existir, afinal se a mocinha fosse engolida pelo crocodilo logo de cara, não teríamos filme não é mesmo? Mas no caso deste longa, essas situações são mais aceitáveis. E elas ainda nos passam um forte sentimento de medo e claustrofobia, o que garante a emoção até o fim.
“Predadores Assassinos” não é perfeito, mas sem dúvida é um dos melhores filmes de suspense que assisti neste ano. E ainda temos a querida atriz filha de brasileiros no papel principal. Kaya Scodelario não é brilhante, mas dá conta do recado.
Nota 8
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