Eduardo e Mônica no “Espetim do Zezim” acabaram de chegar, para o happy hour favorito começar. Fica ali na rotatória de acesso a vários bairros. Pertos. Esse — perto pertinho— de mineiro a caminhar: passa ponte, passam postes, passam sedes, passam sítios, passa boi, passam boiada e córregos de pescar. Eduardo e Mônica encontram-se com Carla e Bruno para jantar. “Quatro Jantinhas por favor.” “De R$ 9 ou de R$ 12?” O ambiente está repleto. Muita gente bonita e o prato saí rápido para alegrar. A Jantinha é um fenômeno! Ela é filha de salários achatados carcomidos por custos sociais — “moro longe e alimentado em casa quero chegar”. A Jantinha nivela o prato por baixo, é o prato raso do mercado, faz “tudo” baixar... Eduardo e Mônica, Carla e Bruno uma hora depois, se despedem na rotatória com as luzes do carro a piscar. Os faróis irradiam as esperanças dos jovens casais que acabaram de se casar. Por vias diferentes vão para as suas casas em bairros que ficam logo ali — bem longe, a paisagem já fora absorvida por todos, rápido é o passar. Todavia, é noite e pelas vias, passa raposa, passa tamanduá, passam jacutinga, maracutaia e lobo guará — haaá queee seee cuuuuiiidaaarrrr!
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