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18/08/2019 às 07h00min - Atualizada em 18/08/2019 às 07h00min

Resquícios de viagem

JOÃO BOSCO

Numa rua de Madrid de que não me lembro mais, posto que essas viagens são como flashs, eu e o primo Fernando ficamos admirados com uma esguia e soberba árvore. Sem conhecer a espécie, ele supôs ser uma parente do eucalipto, devido ao tronco ereto, comprido, casca clara e semelhante copa. Eu sabia o nome, as folhas não me eram estranhas, mas o danado não saía. Enquanto incógnita, ficamos ali a proteger do sol bruto, mas a apreciar os raios que trespassavam as ralas galhadas. Aqui, em casa, a árvore me brota à cabeça: álamo. Usada na Europa em grande quantidade para arborizar largos logradouros, tais espaços receberam apropriadamente o nome de alamedas, coletivo de álamo. Hoje, eucaliptos, videiras, ipês, etc e etc ocupam o espaço do álamo e leva o nome de alameda. No campo dos arvoredos, menos mal, pode-se dizer que a alameda, salvo melhor diagnóstico, foi acometida de polissemia. Mas, no campo das relações humanas, isso é grave, pois quem ocupa espaço que não o dele é classificado como oportunista. Aí é de doer!

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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