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10/08/2019 às 17h00min - Atualizada em 10/08/2019 às 17h00min

Churrasco literário

JOÃO BOSCO

Ao revirar minha estante, deparei-me com um livro de Clarimundo Campos, cronista capixaba, conterrâneo do ícone da crônica literária, Rubem Braga (1913-1990). Clarimundo, para nossa graça, radicou em Uberlândia onde, até o seu passar, meados de 2014, escreveu crônicas de costumes no extinto Jornal Correio. Ele dizia: “se você gosta de escrever, carregue sempre uma caneta e um bloco para anotações e ao escrever, escreva pouco. O povo não lê texto grande”. Hoje, no lugar do bloco, uso o smartphone e o pouco aqui escrito é uma opção pessoal. Todavia, o que segue é uma anotação que fiz em setembro de 2005, provavelmente, seguindo os conselhos dele: “A vida é um eterno queimar de lenha verde. Em busca da brasa, de tanto soprar, a gente fica sufocado, os olhos ardem e lagrimejam. E, quando você pensa em desistir, vem um alguém e remexe o pouco de brasa que você fez. O fogo dá sinal de labaredas e de repente você está a fazer churrasco. E aí, Getúlio, hoje é domingo! Picanha, costela ou contrafilé?

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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