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12/07/2019 às 18h00min - Atualizada em 12/07/2019 às 18h00min

Quebrando a cara...

JOÃO BOSCO

Meio de semana, após almoço, saí de casa para comprar um utensílio. Dei marcha ré no carro, tirei da garagem, peguei a arterial Nicomedes, desci, subi, ultrapassei rampas, desviei de buracos, de carros, ora para direita, ora para esquerda, acelerei, frenei, dei passagem para pedestre, alcancei a Cesário Alvim, cortei a João Naves e, nas proximidades do Armazém Martins, quando o tráfego pesou, parado, olhei pelo retrovisor e vi descer de um carro e se aproximar do meu um cidadão de presumidos trinta anos, moreno, cabelo crespo raspado. “Tô ferrado! Vai me assaltar”, pensei. Não assaltou! Ele foi até a traseira do meu carro para recolher do largo e plano para-choque a minha carteira de dinheiro e documentos mais um molho de chaves, ali esquecidos ao manobrar o carro na minha garagem, e que, acredite se quiser, depois de tantos solavancos, ainda estavam ali. “Aqui moço, é seu?” Sem, graça disse: “Obrigado”. Ou! Cá pra nós: como a gente quebra a cara com o esse tal de preconceito, né!


*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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