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26/06/2019 às 09h36min - Atualizada em 26/06/2019 às 09h36min

'Shippados'

KELSON VENÂNCIO
Foto: Divulgação
Sabe aquela série que você começa a assistir e não quer parar mais de ver? “Shippados” é exatamente assim! Nos pega logo de cara nos primeiros minutos e ao término do capítulo um já nos dá uma vontade enorme de assistir todos os episódios. Nós assistimos os 12 em apenas dois dias e queríamos mais, de tão boa que é.

A trama é excelente nos trazendo um tema bastante atual: os relacionamentos que começam através das redes sociais. Mas o roteiro aborda o lado das pessoas que não conseguem ter sorte nesse tipo namoro virtual, ou seja, aqueles que não conseguem "shipar" depois de alguns minutos de conversa no primeiro encontro. E a história fica ainda muito mais interessante a partir do segundo capítulo quando finalmente os dois personagens principais se conhecem e tentam se relacionar. A obra de Alexandre Machado e Fernanda Young é sem dúvida uma das melhores já feitas pela televisão brasileira.

As piadas são extremamente engraçadas e a narrativa nos envolve cada vez mais. Não passamos um minuto sequer sem dar boas risadas. É incrível como a trama consegue essa proeza com muita criatividade e sem exageros. Apesar da avalanche cômica, nada parece ser demais. Sem contar a capacidade de improviso dos dois atores principais que conseguem sair do roteiro complementando o objetivo da história e de uma forma natural.

E para isso a química entre Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch funciona extremamente bem. Temos a impressão que os dois foram feitos um para o outro não só na ficção, mas na vida real em termos de atuações cômicas. Eles se completam de todas as maneiras possíveis e agradam muito o telespectador. E apesar dos dois falarem muito e muitas vezes ao mesmo tempo, nenhum ofusca e nem sobrepõe o outro.

Mas além dos atores principais, o restante do elenco também está ótimo. O casal de peladões formado por Luis Lobianco e Clarice Falcão é uma atração à parte. Os dois nos propõem momentos divertidíssimos com as viagens deles. Rafael Queiroga e Júlia Rabello também atuam muito bem. Cada um complementa o outro e nos dão de presente uma amizade bem doidinha, mas bastante divertida.

A série tem uma direção muito boa, uma ótima edição e uma trilha sonora incrível nos apresentando as ótimas canções da banda cuiabana Vanguart. É uma pena que nos capítulos nove e dez a personagem Rita (Tatá) acaba ficando chatinha por causa de crises existenciais que poderiam durar menos tempo. Infelizmente isso atrapalha um pouco a série. Mas de uma forma geral, “Shippados” entra para a lista das melhores séries de comédias que já assistimos.

Nota 8

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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