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29/05/2019 às 09h00min - Atualizada em 29/05/2019 às 09h00min

'John Wick - Parabellum'

KELSON VENÂNCIO
(Divulgação)
Quando o primeiro filme desta série surgiu, fiquei bastante desconfiado porque, se não me falha a memória, nem entrou em cartaz nos cinemas (pelo menos em Uberlândia). Por isso, pensava que "De Volta ao Jogo" seria apenas mais um filme de ação "classe B" que estavam lançando para tentar alavancar a carreira de Keanu Reeves, que há um bom tempo não fazia filmes tão bons como “Matrix”, “Velocidade Máxima” e “Drácula”. Mas decidi assistir, já que sou fã de filmes de ação e também deste ator. E para a minha felicidade, eu adorei o primeiro longa, que despretensiosamente acabou conquistando uma legião de fãs ao redor do mundo.

E de lá pra cá duas sequências foram feitas. Em 2017 foi lançado "Um novo dia para matar" e agora, em 2019, "Parabellum". E apesar dos dois primeiros longas serem muito bons, este terceiro filme é o melhor deles. Na verdade é um dos melhores filmes de ação que já assisti. O filme já começa bem ofegante, nos mostrando o personagem principal correndo pelas ruas, lutando contra o tempo já que em alguns minutos iria começar a liberação para que ele fosse perseguido por diversos tipos de assassinos que buscam um prêmio de US$ 14 milhões pela cabeça de John.

O roteiro nos conta a continuação da história que começou a ser desenvolvida no primeiro filme. Aliás, a trama dos três longas se passa dentro de um período de poucas semanas, bem no estilo da antiga série "24 horas". E a premissa é chamativa e nos prende a atenção do início ao fim. Mesmo o tema central sendo basicamente a perseguição eufórica em cima de John Wick, no meio disso tudo, histórias secundárias e grandes revelações são mostradas ao longo da projeção.

As atuações são fantásticas. “John Wick” tem um elenco de peso formado por nomes como Ian McShane, Laurence Fishburne, Anjelica Houston, Mark Dacascos e Halle Berry que juntos nos dão atuações incríveis. Mas de fato é Keanu Reeves que se entrega totalmente a este papel, que em minha opinião, fez deste personagem a redenção de sua carreira o trazendo de volta ao nível superior dos grandes atores de Hollywood. Além da boa atuação, Reeves nos presenteia com ótimas cenas de luta e perseguições.

E por falar nisso, aqui descrevo um pouco sobre estas cenas. Elas correspondem a pelo menos 80% da projeção. Ou seja, “Parabellum” é realmente um filme de muita ação, praticamente do início ao fim. O filme tem muitas coreografias feitas para que os fãs desse gênero saíssem da sala de cinema apaixonados pelo que acabaram de assistir. As lutas, a maioria com base em artes marciais, são fascinantes. Sequências que deixariam Bruce Lee orgulhoso se ainda estivesse vivo. “Parabellum” ainda nos brinda com a guerra armada entre dois lados extremamente poderosos: os inúmeros assassinos contra John Wick.

É claro que quem está disposto a assistir este tipo de filme precisa colocar em mente que eles são mentirosos. Não dá pra ver “John Wick” pensando que se fosse na vida real ele morreria de sono nos 5 primeiros minutos de projeção. Portanto se liberte da realidade e curta o surreal. Só assim sua experiência será completa. “Parabellum” só me incomodou com a falta de sangue, por incrível que pareça. É que em algumas sequências, especialmente na sala de vidros do hotel Continental, o personagem principal e os adversários praticamente não sangram ao serem arremessados de um lado para o outro em meio a tantos cacos. Mas John Wick é excelente e depois desta terceira parte, temo muito que Keanu Reves possa pegar o trono da lenda Chuck Norris como o cara mais "phodástico" dos filmes de ação.
 
Nota 9


*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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