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26/05/2019 às 09h30min - Atualizada em 26/05/2019 às 09h30min

Queijos e vinhos

ÉRIKA MESQUITA
Em nossa região são comuns os eventos gastronômicos em que queijos são servidos e acompanhados por vinhos. Na grande maioria dos casos a opção é de vinhos tintos para acompanhar todos os queijos do evento. A opção não está errada, mas poderia ser melhor se as várias outras possibilidades fossem exploradas.

Claro que não há regras exatas para uma boa harmonização, pois isso depende também do gosto pessoal, do quanto se quer gastar etc. Então, na coluna de hoje quero compartilhar com vocês um pouco do que aprendi nas várias tentativas de acertar numa harmonização dessas.

Um primeiro erro que não cometo mais é tentar combinar vinho com Provolone, pois o sabor forte e defumado desse queijo deixará qualquer vinho com essa sensação, bem como atrapalhará a degustação de todos os queijos seguintes. O melhor é excluir essa opção de sua tábua.

Para o Roquefort, que é “riscado” por um fungo e tem sabor pronunciado, indico um vinho de sobremesa branco, porque o doce irá equilibrar a agressividade e o salgado do queijo. Experimente um de colheita tardia da América do Sul e ficará contente com o resultado. Para o Gorgonzola, queijo azul de sabor intenso, também um vinho com sabores adocicados será interessante, como um vinho licoroso brasileiro ou um Porto. Se não quiser experimentar essa combinação de vinho de sobremesa com o Gorgonzola, um Sauvignon Blanc com boa acidez também é indicado.

Harmonizar queijos de massa dura com tintos é mais fácil. O Parmesão e o Grana Padano são queijos mais potentes e picantes. A companhia ideal é um tinto mais encorpado, como um Malbec argentino ou um Cabernet Sauvignon chileno. Esses vinhos mais encorpados também acompanham bem os queijos Pecorino, Gruyère e Gouda.

Já queijos macios e cremosos, como Brie e Camembert vão bem com vinhos brancos por conta da acidez. Um Chardonnay mais maduro, especialmente se tiver passagem por madeira, irá potencializar os sabores desses queijos. Se quiser tentar um tinto, prefira os menos tânicos para que a adstringência do vinho não seja realçada pelo queijo. Um Merlot brasileiro ou um Pinot Noir sem passagem por madeira poderão ser boas companhias.

Queijos frescos, como Minas, Mussarela de búfala e Mascarpone vão bem se acompanhados por brancos mais ligeiros como Pinot Grigio e Torrontés.

Essas são apenas algumas dicas que podem agradar ou não ao seu paladar. O ideal é tentar sempre, até encontrar sua combinação perfeita.

*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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