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13/03/2019 às 09h40min - Atualizada em 13/03/2019 às 09h40min

'Alita - Anjo de combate'

KELSON VENÂNCIO
Foto: Divulgação
Para os que não sabem, Alita é um filme baseado em um mangá japonês lançado em 1990 por Yukito Kishiro e que até hoje faz muito sucesso entre os apreciadores das revistas em quadrinhos japonesas. Eu particularmente confesso que nunca li nenhuma dessas histórias, mas conheço amigos nerds que adoram a série. Independentemente disso, assim que saiu o primeiro trailer desta adaptação eu fiquei extremamente ansioso para assistir, ainda mais sabendo que a produção era de James Cameron (“Titanic”, “Avatar”). Desde o lançamento do primeiro vídeo da campanha de marketing, “Alita - Anjo de combate” se tornou um dos filmes que eu mais criei expectativas para assistir em 2019. E para minha felicidade (e da maioria dos fãs) o longa não decepciona.

O roteiro do filme parece meio truncado no início e de certa forma bem resumido. É que logo de cara os restos de Alita são encontrados em um ferro velho e praticamente na cena seguinte ela já está totalmente reformada, em um novo corpo, sem muitas explicações. Confesso que nessa hora pensei que houvesse um furo de roteiro, mas na verdade, os escritores da adaptação deixaram as explicações para depois, durante a projeção, usando o recurso de flashback. Mas a trama não é perfeita, já que tem momentos bastante superficiais que poderiam ser substituídos por situações mais aprofundadas. Mesmo assim a narrativa agrada bastante e não é cansativa.

As atuações também não são as melhores. Tirando Christoph Waltz e a atriz principal Rosa Salazar, o restante do elenco faz um trabalho bem abaixo do esperado. Jennifer Connelly e Mahershala Ali, ambos ganhadores do Oscar de melhor ator coadjuvante, fazem interpretações bem fracas.

Mas o melhor de Alita é ver as cenas de ação e os efeitos especiais que envolvem toda a premissa. Sem dúvida isso é o principal atrativo do longa muito bem dirigido por Robert Rodriguez. Todo o mundo de ficção criado no longa é fantástico. Os seres extraterrestres, os guerreiros meio-homem meio-máquina, os robôs, as cidades, as corridas, tudo compõe uma belíssima fotografia de encher os olhos.

Ver a que ponto chegamos com a captura de movimentos é sensacional. Especialmente na própria personagem principal. Apesar de sabermos que é Alita é digital, é impressionante ver os gestos, textura de pele, movimentos, sentimentos, etc. Um show à parte!

Por fim, “Alita” é um filme que superou minhas expectativas e nos dá ainda no final a deixa de que teremos continuações vindo por aí. E é isso que queremos sim. O que é bom precisa ser continuado. Que venham mais filmes dessa ciborgue muito "phoda"!
 
Nota 8
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