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31/01/2019 às 11h48min - Atualizada em 31/01/2019 às 11h48min

Senhor Uberlândia

CELSO MACHADO
Tenho enorme admiração por Virgílio Galassi, pelo que fez e pelo que nos deixou de legado. Aliás não só eu, mas a quase totalidade de quem o conheceu ou conheceu sua jornada de apaixonado por Uberlândia. Sua extraordinária visão de futuro, sua dedicação e empenho em fazer da nossa cidade a melhor possível.
Uberlândia é o que é hoje, ensina nosso extraordinário historiador e pesquisador Oscar Virgílio Pereira, não pela sua localização geográfica como comumente se apregoa. Até porque se fosse apenas por isso todas as localidades da região num raio de 100 quilômetros por aí, teriam o mesmo porte.

Ela chegou onde se encontra pela contribuição notável de sua gente, desde os primórdios. Foi o trabalho conjunto das diversas forças locais que construíram seu desenvolvimento. Até mesmo os meios de acesso e recursos que aí sim, tornaram sua localização estratégica e privilegiada. Muitos nomes se destacaram ao longo desses 130 anos. Dentre eles Virgílio Galassi, o paulistano mais apaixonado pela nossa terra. A iniciativa de apresentar sua trajetória ao produzirmos o documentário “Senhor Uberlândia” que iremos veicular nos dois próximos domingos as 10h30 pela TV Paranaíba atende a várias intenções.

Manifestar o reconhecimento de um povo á quem dedicou todas as horas do dia, todos os dias da sua vida para uma coletividade. Relembrar histórias e passagens da qual muitos nunca esquecem porque delas são inclusive protagonistas. Apresentar para quem veio de fora ou não era do seu tempo, a extraordinária visão desse homem público. Não seria exagero dizer que existem duas Uberlândias, uma antes e outra depois de Virgílio Galassi. E até mesmo uma terceira que pode ser construída a partir das ideias que nos deixou.

Numa época em que tanto se questiona o ser político é uma verdadeira aula de cidadania como ele, com a autoridade de quem exerceu o mandato de Prefeito em quatro mandatos, expõe sua visão de como deve agir todo aquele eleito para exercer um cargo público. Outro aspecto interessante que vale ressaltar é que o documentário é todo estruturado a partir da fala do próprio Virgílio em diferentes ocasiões, carinhosamente guardado no acervo da produtora Close.

São diferentes registros desde os anos 80, relatando como foi possível a construção de grandes obras como nossas principais avenidas, o Distrito Industrial, o complexo Parque do Sabiá, Centro Administrativo, as UAIs, Ceais, bairros como o Luizote de Freitas, Mansur e tantos outros. Não posso deixar de mencionar que produzir este documentário me faz reviver uma Uberlândia otimista, arrojada que foi capa da revista Veja cuja matéria nos causou uma série de problemas e que tem reflexões até hoje pela migração que provocou.

Meus saudosos tempos da ABC Propaganda e sua atuação na mídia de nossa cidade que esteve a serviço das suas duas últimas administrações. Bons companheiros com quem além do próprio Virgilio tanto aprendi e que hoje não estão mais conosco: Afranio Azevedo de Freitas, Joel Cupertino, Waldyr Bonnas, João Gomes para citar alguns.

O título “Senhor Uberlândia” é uma alusão ao espírito uberlandense que Virgílio Galassi tão bem encarnava. Otimista, orgulhoso, esperançoso do futuro que desejava e ajudava a construir para a cidade.

Poderia também ser o “prefeito do chapéu” pelo tanto que pedia em prol da cidade. Que ganhou as áreas que viabilizaram o Distrito Industrial, o Camaru, o Sesi Gravatas, que ajudaram a concluir o estádio Parque do Sabiá e outras grandes conquistas. Quem sabe o “prefeito do futuro” pela sua visão extraordinária e lúcida. Até mesmo o “prefeito otimista” pelo tanto que acreditava e pregava de positivo em relação a cidade. E tantos outros.

Espero e desejo que esta iniciativa seja também a demonstração de gratidão de um povo a quem foi o mais apaixonado dos apaixonados por Uberlândia.

Que o documentário “Senhor Uberlândia” possa inspirar tantos outros a amar e cuidar da nossa querida terrinha!
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