Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
23/01/2019 às 08h28min - Atualizada em 23/01/2019 às 08h28min

'Homem-Aranha no Aranhaverso'

KELSON VENÂNCIO
Foto: Divulgação
Miles Morales é um jovem negro do Brooklyn que se tornou o Homem-Aranha inspirado no legado de Peter Parker, já falecido. Entretanto, ao visitar o túmulo de seu ídolo em uma noite chuvosa, ele é surpreendido com a presença do próprio Peter, vestindo o traje do herói aracnídeo sob um sobretudo. A surpresa fica maior quando Miles descobre que ele veio de uma dimensão paralela, assim como outras versões do Homem-Aranha.

Esta é a premissa extremamente viajada de Homem-Aranha no Aranhaverso e que de certa forma funciona bem se aceitarmos que neste mundo de super-heróis existem sempre essas possibilidades de terras paralelas e outras "paradas" meio loucas. O fato é que para assistir esta animação e gostar dela, a primeira coisa que você deve aceitar é que nesse multiverso existem várias versões do amigão da vizinhança. Sim, tem até um Porco-Aranha!

Quando alguns amigos me disseram que este era um dos melhores filmes de heróis já criados e quando percebi que críticos estavam dando notas altíssimas para esta animação fiquei com a expectativa nas estrelas. Fui ao cinema assistir o Aranhaverso, com a certeza de que iria ver tudo isso e muito mais. Mas esta nova aventura do teioso não é essa Coca-Cola toda.

É claro que o filme tem inúmeras ótimas características que agradam, como o fato de ser uma animação extremamente bem feita, ainda tem uma pegada muito boa de HQ, o que de certa forma faz pensar que estamos assistindo uma revista em quadrinhos na telona. Isso é fantástico! O roteiro, mesmo sendo meio confuso para quem não entende nada dessas loucuras é atrativo e interessante, apesar de ter algumas falhas na minha opinião. Uma delas é não explicar direito os poderes diferentes do Miles Morales e fazer com que o garoto deixe de ser um Zé Ninguém para se tornar “fodástico” de uma cena para outra.

Apesar de estranho, é bem interessante ver as versões esquisitas do Aranha como o Spider-Noir que traz uma referência aos filmes clássicos no estilo policial em preto e branco, a Peni Parker que é uma versão japonesa do herói trazendo os animes para o longa e o Porco-Aranha que é uma ótima referência aos desenhos antigos como a Turma do Pernalonga, ainda mais sendo o único personagem em 2D do filme.

Pra terminar, a animação traz uma pegada cômica boa especialmente quando faz referências a todos os filmes do herói já feitos para o cinema, criticando os acertos e erros, especialmente nos resumos contados da origem do teioso. O filme não é tudo isso que me falaram, mas tem suas qualidades e com certeza vale o ingresso. Para a Sony, que já não sabia mais o que fazer com um dos melhores heróis da Marvel, acredito que apostar no Miles Morales tenha sido um acerto já que o Peter Parker de carne e osso voltou ao lar e agora está longe de casa!

Nota 7
Leia Também »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90