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31/10/2018 às 09h00min - Atualizada em 31/10/2018 às 09h00min

'Homem-formiga e a Vespa'

KELSON VENÂNCIO
Foto: Divulgação
Em 2015, a Marvel lançou no cinema o “Homem-Formiga”, um dos personagens mais marcantes das histórias em quadrinhos. Antes da estreia desse filme, as expectativas não eram tão boas quanto a que sempre tínhamos em relação aos outros super-heróis que já faziam parte do universo cinematográfico do estúdio. Pouca gente conhecia este personagem e não apostava em uma versão da história dele para as telonas.

Mas o primeiro longa surpreendeu e caiu no gosto dos fãs mais exigentes já que foi um filme com um excelente roteiro, ótimas interpretações, bons efeitos especiais, trilha envolvente e direção impecável. Sem contar nas partes cômicas na medida certa. Agora, em 2018, veio a continuação, “Homem-Formiga e A Vespa” que inclui um novo personagem no arco dessa trama, que é a Vespa. Mas criamos grandes expectativas que no fim se tornaram uma frustração.

O novo filme se passa após a Guerra Civil. Depois de ter ajudado o Capitão América na batalha contra o Homem de Ferro na Alemanha, Scott Lang (Paul Rudd) é condenado a dois anos de prisão domiciliar, por ter quebrado o Tratado de Sokovia. Diante desta situação, ele foi obrigado a se aposentar temporariamente do posto de super-herói. Restando apenas três dias para o término deste prazo, ele tem um estranho sonho com Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), que desapareceu 30 anos atrás ao entrar no mundo quântico em um ato de heroísmo. Ao procurar o dr. Hank Pym (Michael Douglas) e sua filha Hope (Evangeline Lilly) em busca de explicações, Scott é rapidamente cooptado pela dupla para que possa ajudá-los em sua nova missão: construir um túnel quântico, com o objetivo de resgatar Janet de seu limbo.

Desta vez o roteiro deixa a desejar porque nos conta uma historinha bem fraca envolvendo um universo atômico denominado mundo quântico. A trama que gira em torno do resgate da Dra. Janet fica cansativa e chata de assistir. O filme é arrastado e muitas vezes, ao contrário do primeiro, dá vontade de desistir de vê-lo. A impressão que temos é que a premissa é tão fraca que passaram o tempo todo do filme "enchendo linguiça" na tentativa de finalizá-lo.

Os efeitos especiais que funcionaram tão bem no primeiro filme agora parecem exagerados e muitas vezes mal feitos. Para quem esperava ver muitas cenas de ação, o filme é uma decepção. Elas são poucas e não causam nada grandioso a ponto do público ficar perplexo, o que normalmente acontece em filmes da Marvel.

Até mesmo as atuações são fracas. O forte elenco do longa não tem a química suficiente nos diálogos, nas interpretações. Até os coadjuvantes amigos de Scott Lang, que no filme original dão um show à parte com as piadas na medida certa, desta vez tentam de tudo para fazer rir, mas nada dá certo. A parte cômica do filme é forçada e causa um efeito contrário do desejado.

A melhor parte de Homem-Formiga é Vespa é a cena pós-crédito que apesar de ser bem simples, nos deixa com muita ansiedade já que sabemos (ou pelo menos imaginamos) o que ela representa para a continuação de Guerra Infinita. É triste assumir, já que amei o primeiro filme, mas esta continuação é bem fraca!

Nota 4
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