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08/08/2018 às 07h58min - Atualizada em 08/08/2018 às 07h58min

'Mamma Mia: Lá vamos nós de novo'

KELSON VENÂNCIO | COLUNISTA
Foto: Divulgação
Eu até achei o primeiro filme bonitinho e gostoso de assistir. Desta continuação continuo achando a mesma coisa. “Mamma Mia! – Lá vamos nós de novo” é uma boa produção, mas não é nenhum filme para tirar reflexões aprofundadas. É apenas um longa para você se divertir, se encantar com aquela historinha de amor.

Um ano após a morte de Donna (Meryl Streep), sua filha Sophie (Amanda Seyfried) está prestes a reinaugurar o hotel da mãe, agora reformado. Para tanto convida seus três "pais", Harry (Colin Firth), Sam (Pierce Brosnan) e Bill (Stellan Skarsgard) e as eternas amigas da mãe, Rosie (Julie Walters) e Tanya (Christine Baranski), ao mesmo tempo em que precisa lidar com a distância do marido Sky (Dominic Cooper), que está fazendo um curso de hotelaria em Nova York. O reencontro serve para desenterrar memórias sobre a juventude de Donna (Lily James), no final dos anos 70, quando ela resolve se estabelecer na Grécia.

Pela premissa do filme descrita acima dá pra você notar que o roteiro gira em torno da juventude de Donna e por isso boa parte da produção é feita no estilo flashback contrapondo os momentos antigos com os atuais. Somos levados para a época em que Donna decidiu se mudar para a Grécia e como ela se encantou pelo lugar, montando posteriormente o hotel conhecido do primeiro filme. E no meio disso os encontros que teve com os "três pais" de Sophie quando ainda eram jovens. A narrativa é bem cansativa na primeira parte da projeção. Felizmente depois de uns 40 minutos as coisas melhoram e o filme se torna bem empolgante na sua segunda metade.

Com relação às interpretações, o trabalho de todo elenco é razoavelmente bom. Claro que o maior destaque em minha opinião é das atrizes que interpretaram Rosie e Tanya, tanto na juventude quanto na terceira idade. A semelhança física entre as atrizes nas duas fases é incrível e a semelhança no jeito de atuar também. Elas roubam as cenas em que aparecem. Infelizmente em nenhum momento consegui achar qualquer semelhança entre Lily James (Donna jovem) com a Meryl Streep, algo que fez falta no longa.

Mas os dois melhores pontos e mais chamativos são a fotografia e a trilha sonora. Com relação ao primeiro, ver os cenários paradisíacos de “Mamma Mia! 2” é surreal. E para melhorar ainda mais, eles ainda dão um upgrade em relação à paleta de cores. O azul do mar, fica mais azul do que parece ser na vida real. Ou seja, pegam o que já é lindo e deixam perfeito. O figurino também ajuda. E até a laranja colhida por Donna no verde do pomar parece ser mais colorida, suculenta e gostosa.
Com relação ao segundo ponto, é claro que se temos uma produção feita com as músicas do Abba, temos de ter músicas lindas, empolgantes, marcantes, que casam bem com a história contada. E isso eles sabem fazer bem. Os atores e coadjuvantes interpretam bem as versões das canções desta banda sueca que eu curto bastante.

Não posso deixar de comentar que “Mamma Mia 2!” tem um final belíssimo que compensa a chatice da primeira metade do longa. Sem dúvida um término de filme maravilhoso, de fazer o público se emocionar.

Nota 7
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