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14/11/2017 às 17h41min - Atualizada em 14/11/2017 às 17h41min

'American Ultra'

KELSON VENANCIO | COLUNISTA
Foto: Divulgação

 

Assistindo ao trailer de “American Ultra” ficamos extremamente empolgados com a prévia da história que nos é passada. Mike (Jesse Eisenberg) e sua namorada Phoebe (Kristen Stewart) levam uma vida deprimente, com poucos amigos e empregos banais. A consolação dos dois é usar maconha e imaginar um mundo fantástico através das histórias em quadrinhos criadas por Mike. Um dia, o rapaz descobre que faz parte de um programa ultrassecreto da CIA, tendo adquirido habilidades para o combate que foram apagadas de sua memória. Quando é reativado, o jovem drogado transforma-se em uma máquina de matar, capaz de parar os piores inimigos do programa secreto.

Com a junção de dois cineastas que gostam de fazer produções meio malucas, o roteirista Max Landis (de “Poder sem limites”) e o diretor Nima Nourizadeh (de “Projeto X”), “American Ultra – Armados e alucinados” tem uma excelente fórmula para nos dar ótimo entretenimento. Mas infelizmente não chega a ser um ótimo filme, apesar de ser interessante e nos divertir em vários momentos.

Jesse Eisenberg e Kristen Stewart funcionam bem como um casal que sem saber ao certo o que está acontecendo ao longo da narrativa consegue boas atuações com seus personagens. Infelizmente o mesmo não se pode dizer dos outros atores que nem têm tanto tempo pra mostrar um bom trabalho já que o filme tem apenas uma hora e meia. Topher Grace é o único além do casal que tem uma participação maior e até se esforça para fazer um temido vilão, mas não convence.

Num contexto mais geral o roteiro não consegue alinhar todos os elementos que promete no primeiro ato e nos entregar um final consistente. Simplesmente jogam no ar o fato de que Mike é um super agente, mas não se preocupam em detalhar como isso aconteceu. O passado dele e o porquê de ele estar sendo perseguido é mal contado na trama e deixa diversos pontos sem explicações. Mas a história funciona bem em partes fracionadas do longa, com diálogos sarcásticos e ideias malucas durante os confrontos.

Na verdade, só de tentar colocar um ator franzino como Jesse Eisenberg como uma espécie de Jason Bourne já é algo corajoso. E apesar de Eisenberg não ser nada convincente em termos de músculos, ele nos entrega um ótimo Mike que sempre traz algo diferente na forma com que lida com os assassinos que querem matá-lo.

E isso é o forte do filme. Se quiser gostar de “American Ultra” é bom esquecer um pouco a história e aproveitar as ótimas e exageradas cenas de lutas, violência e pancadaria mesmo. Essa é a pegada do longa que lembra muito os clássicos deste estilo da década de 90 como “Assassinos por natureza” e “O Grande Lebowski”. Mas veja bem, eu disse "lembra"!

Nota 6

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