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12/12/2023 às 11h05min - Atualizada em 12/12/2023 às 11h05min

Vereador Charles Charlão renuncia ao mandato; veja quem assume

Eleito em 2020, parlamentar fazia parte da base do prefeito Odelmo Leão

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Charles Charlão (PP) foi eleito em 2020 com mais de 2,4 mil votos I Foto: ALINE REZENDE/CMU

Eleito em 2020 com mais de 2,4 mil votos, o vereador Charles Charlão (PP) renunciou ao mandato no Legislativo de Uberlândia nesta terça-feira (12). A informação foi confirmada ao Diário pela assessoria da Câmara Municipal. No pedido feito à Câmara, o parlamentar justificou a decisão alegando "motivos pessoais e para tratamento de saúde". 

Em comunicado, o presidente da Câmara, Zezinho Mendonça (PP), afirmou que o suplente Sargento Rildo (mesmo partido) assumirá a vaga deixada por Charles Charlão até abril de 2024. A posse do novo vereador acontece às 9h desta quarta-feira (13), no plenário Homero Santos.

Além disso, também foi comunicado que o vereador Abatênio Marquez (PP) será efetivado no cargo que vem ocupando como suplente do secretário de Segurança Integrada, Sargento Ednaldo.


HISTÓRICO
Durante a passagem pela Câmara Municipal, Charles Charlão foi protagonista de momentos polêmicos no Legislativo. Em maio de 2022, durante uma sessão, sem perceber que o microfone estava ligado, o parlamentar pronunciou a frase “tudo bem, eu já vendi”, no momento em que os colegas votavam de forma nominal um projeto de lei.
 
Momentos antes, os parlamentares discutiam a respeito de uma proposta que tinha como objetivo incluir doadoras de leite materno em uma legislação que estabelece a isenção da taxa de inscrição para estas pessoas em concursos públicos e processos seletivos realizados pela Administração Direta e Indireta do Município de Uberlândia. A autora do projeto é a vereadora Dandara (PT).  
 
Terminada a discussão, após vários parlamentares defenderem a aprovação da proposta, que tinha parecer favorável da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, o líder do prefeito Antônio Carrijo (PSDB) solicitou à presidência da Casa que a votação do projeto fosse nominal (formato em que cada parlamentar informa seu voto de maneira aberta no plenário).
 
Durante a manifestação de votos dos vereadores Amanda Gondim (PDT) e Anderson Lima (DC), Charles Charlão, que acompanhava a sessão fora do plenário de forma remota, deixou o microfone aberto e pronunciou a frase: “tudo bem, eu já vendi”. Logo após, o parlamentar foi alertado pelo presidente da Câmara, Sérgio do Bom Preço (PP), de que seu áudio estava ligado.     
 
Neste momento, a vereadora Dandara (PT), autora da proposta, questionou a fala do colega, perguntando a que ele estava se referindo. “Queria registrar que o áudio do vereador Charles Charlão está aberto e ele está dizendo: ‘eu já vendi’, ‘eu já vendi’, eu queria saber do que se trata esse ‘eu já vendi’, se é ‘já vendeu o voto’, porque se for isso é muito sério, presidente, é muito grave”, disse a parlamentar.
 
Charlão respondeu que se tratava de um imóvel. “Uma casa, eu sou construtor”. A discussão entre os dois foi interrompida pelo presidente, que solicitou que todos os microfones fossem desligados para que a votação continuasse.
 
CREMOSINHO
Outra ocasião envolvendo o vereador foi registrada em julho de 2021. Também durante sessão remota na Câmara de Uberlândia, enquanto o colega Thiarles Santos (PSL), 
que faleceu de covid-19, discutia um projeto do Legislativo, um áudio de Charlão (PP), que acompanhava a sessão de casa, vazou causando espanto e certa indignação dos demais presentes.⠀

“Oi amorzinho, eu tô cremosinho.... Amorzinho, eu tô cremosinho”, disse Charlão, que, depois de ser avisado, afirmou que estava falando com a esposa no telefone. ⠀


O NOVO VEREADOR
Natural de Araporã (MG), Rildo de Oliveira Silva é sargento da Polícia Militar, tem 45 anos, mora em Uberlândia há mais de 32 anos. É casado, tem duas filhas e é graduado em Direito. Nas eleições de 2020 concorreu a vaga de vereador na Câmara Municipal pelo  Progressistas (PP) obtendo 1.980 votos, ficando na segunda suplência do partido. Na Polícia Militar trabalhou por 19 anos, sendo 17 na área da prevenção com o Policiamento Escolar e com o PROERD. Também foi Presidente das Associações de Moradores dos Bairros Roosevelt e Pacaembu.


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