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09/09/2023 às 08h00min - Atualizada em 09/09/2023 às 08h00min

Lutadores de Uberlândia sobem no ranking nacional de taekwondo após título no Super Campeonato Brasileiro

Gabriela Romero, de 13 anos, lidera categoria; Paulo César subiu para a segunda colocação do master

IGOR MARTINS I DIÁRIO UBERLÂNDIA
Atletas foram campeões no Super Campeonato Brasileiro de Taekwondo, realizado em agosto I Foto: ARQUIVO PESSOAL
Uberlândia atingiu o topo do ranking nacional em duas categorias importantes do taekwondo brasileiro. No último mês, os atletas Gabriela Romero, de apenas 13 anos, e Paulo César Barbosa, de 34, conquistaram medalhas de ouro no Super Campeonato Brasileiro, realizado em Fortaleza (CE). Os resultados levaram a jovem prodígio para a primeira posição da sua categoria e o lutador para a segunda colocação de sua classe.
 
Gabriela compete na categoria cadete com mais de 59 quilos, na faixa colorida, para atletas entre 12 e 14 anos, enquanto Paulo César integra a categoria master 1 para mais de 58 quilos na faixa preta, destinada a lutadores entre 31 e 34 anos. No campeonato, a adolescente fez duas lutas, enquanto o lutador fez três.


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Além de competir desde 2004, Paulo César Barbosa também atua como professor de Gabriela Romero. De acordo com ele, a preparação para o Super Campeonato Brasileiro de Taekwondo acontece desde o início de 2022, com as disputas de campeonatos estaduais e nacionais. No ano passado, a equipe dele conseguiu três medalhas em um campeonato nacional.
 
A história das medalhas conquistadas por Paulo e Gabriela, conforme relatado pelo professor e competidor, começou no campeonato mineiro deste ano. Segundo o uberlandense, a vaga para o Super Campeonato Brasileiro só é garantida em caso de medalha de ouro, o que mostra o nível de dificuldade não apenas da primeira colocação, mas até mesmo para se classificar para o torneio.
 
“São muitos anos na estrada e nós temos uma equipe com atletas nas categorias de alto rendimento. Quando construímos o planejamento para chegar no campeonato brasileiro, fizemos um plano em 2022. O campeonato brasileiro é o mais difícil. Para chegar lá é muito difícil, e para ganhar é mais difícil ainda”, disse.
 
JOVEM PROMESSA
Paulo César Barbosa trabalha diretamente com Gabriela há três anos. Conforme relatado por ele, a uberlandense de 13 anos tem tudo para se tornar uma referência do taekwondo nacional e até mesmo internacional, desde que mantenha o foco e os resultados que já foram conquistados por ela, mesmo com a pouca idade.
 
Segundo o professor, o foco da equipe é justamente na jovem lutadora de taekwondo. Mesmo sendo um esporte individual, Barbosa conta que o trabalho para levar os atletas ao topo requer dedicação e o envolvimento de muitas pessoas para que ela continue se aprimorando, treinando e desenvolvendo, na esperança de conquistar mais medalhas para a cidade.
 
“A gente vê na Gabriela um dom natural para a arte marcial, aliado com o incentivo dos pais, que apoiam bastante. Não é um esporte barato. Isso é uma receita de sucesso. Pela idade dela, é uma atleta promissora no cenário nacional e arrisco a dizer futuramente internacional. Com 13 anos, ela já está trazendo títulos importantes. Isso é a maturidade do entendimento, do compromisso e do treinamento que ela tem. Vemos atletas talentosos que não têm a mesma entrega que ela”, relatou Paulo César.
 
SONHOS FUTUROS
O Diário também conversou com Gabriela Romero, número um da categoria cadete de faixa colorida com mais de 59 quilos. Ela conta que começou a treinar em 2020 e já se sente realizada por tudo o que foi conquistado desde então. Medalha de ouro no Super Campeonato Brasileiro, ela disse que a “ficha ainda não caiu completamente”.
 
“O Super Campeonato Brasileiro foi uma experiência incrível. Eu me senti muito profissional e quando ganhei eu nem acreditei. Eu já tinha participado de outro campeonato nacional, mas tinha ficado em terceiro lugar. Dessa vez, fiquei em primeiro”, contou.
 
A uberlandense disse ainda que conciliar os treinamentos com os estudos não é fácil. Ela contou que prioriza a escola, mas que adora treinar junto com os companheiros diariamente, de segunda a sexta-feira. Segundo ela, sem a ajuda do treinador Paulo César Barbosa, as conquistas estariam mais distantes da realidade.
 
“Meu professor é muito incentivador, não apenas ele, mas toda a equipe. Ele é muito bom e ajuda a gente com treinos específicos que a gente precisa. Meus pais também me apoiam muito. Espero chegar no mundial, nos jogos Pan-Americanos e nas Olimpíadas”, revelou a atleta.
 
ORIGEM DO TAEKWONDO
O taekwondo tem origem coreana e tem um histórico de mais de 2 mil anos, de acordo com fontes históricas. A paixão pelas artes marciais se expandiu para o Brasil em 1970, com a chegada do mestre Song Min Cho a São Paulo. O primeiro campeonato brasileiro aconteceu em 1973 e o esporte foi incluído nas Olimpíadas de 2000, em Sidney, na Austrália.
 
Desde então, o esporte sem se tornado mais popular no país. Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, a lutadora Natália Falavigna conquistou a medalha de bronze pela primeira vez para o Brasil. No Rio 2016, o atleta mineiro Maicon Siqueira também faturou o bronze.

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