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19/04/2024 às 13h30min - Atualizada em 19/04/2024 às 13h30min

Praia Clube vai em busca do tricampeonato contra o Minas

Quinta final consecutiva entre os times acontece neste domingo (21), às 10h

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Temporada é marcada por equilíbrio entre os dois clubes, com dois títulos para cada lado I Foto: Eliezer Esportes/Praia Clube

Praia Clube e Minas se enfrentam na manhã deste domingo (21), às 10h, em mais uma final pela Superliga Feminina de Vôlei. O confronto acontece no Ginásio Geraldão, em Recife (PE), e conta com transmissão ao vivo da TV Globo e do SporTV2.
 
A rivalidade entre as equipes mineiras tem sido palco de grandes duelos na história recente do voleibol feminino. Nesta temporada, por exemplo, Praia e Minas se enfrentaram em seis duelos, com três vitórias para cada lado. O equilíbrio é tão grande que de todos os confrontos da temporada 2023/24, quatro foram por finais de campeonato, novamente com números empatados. O clube de Uberlândia levou a melhor no Campeonato Mineiro e na Copa Brasil, enquanto o time de Belo Horizonte faturou a Supercopa e o Sul-Americano.
 
O "clássico do pão de queijo" também é representativo no histórico da Superliga Feminina, sendo a quinta final consecutiva reunindo os dois clubes. Para o Praia, é a sexta decisão de Superliga em sequência. A equipe comandada por Paulo Coco venceu o Sesc/Rio em 2018, e acabou com o vice em 2019, 2021 e 2022. Em 2023, as praianas voltaram a ser campeãs em jogo realizado na Arena Sabiazinho, em Uberlândia.
 
Para o confronto, o técnico Paulo Coco aposta na recuperação física das atletas e na preparação mental e psicológica. Segundo ele, por ser uma final de jogo único, é preciso ter a mentalidade forte para lidar com as adversidades do confronto.
 
Para ele, a evolução mental do elenco praiano é nítida na temporada. Nas quartas-de-final, o clube teve jogo duro contra o Sesi Vôlei Bauru, mas conseguiu uma classificação histórica após três partidas decididas no tie-break. Contra o Flamengo, o Praia virou o jogo em casa e conseguiu eliminar o rubro-negro, dono da melhor campanha da primeira fase, em pleno Maracanãzinho.
 

"A gente chega na melhor condição que a gente pode, muitos problemas físicos atrapalharam a gente durante a nossa caminhada, mas os jogos longos serviram muito como preparação. O Minas, como todo grande rival, é a melhor e a pior equipe para a gente jogar. Foram seis jogos neste ano, três vitórias para cada lado, quatro decisões de título, dois títulos para cada lado, e assim tem sido ao longo dos anos. É um time que exige muito da gente, e temos que entender que a rivalidade é algo sadio e é do jogo. Temos muito respeito pela história do Minas. Vamos jogar o nosso melhor", disse o comandante.

 
RECUPERAÇÃO
Na visão da levantadora Claudinha, capitã e ídolo do Praia Clube, o elenco praiano evoluiu muito ao longo de toda a temporada 2023/24. Durante o ano, o clube sofreu com lesões de atletas importantes, e passou por momentos complicados durante a fase inicial e os playoffs da Superliga. Chegar a mais uma final, a sexta consecutiva, é um sinal de resiliência e superação.
 
Claudinha chegou ao Praia Clube ainda em 2009, quando o clube iniciava sua trajetória na Superliga Feminina. Na primeira temporada com a levantadora, a equipe terminou na 7ª colocação. 15 anos depois, ela pode conquistar seu terceiro título nacional pelo time, sendo eleita a melhor jogadora da final em 2018 e a capitã da equipe em 2023.
 
"Nessa temporada eu encarei cada dia me entregando totalmente. Jogar contra o Minas é sempre no detalhe, é sempre um jogo muito duro emocionalmente, principalmente porque a gente sempre está nas finais nos últimos anos. O time chega para a final muito feliz, mas com os pés no chão. Não preciso falar de tudo o que passamos pela temporada e a força que essa equipe mostrou. Acredito que merecemos muito estar nesta final", disse a levantadora.
 
A oposta Monique Pavão também falou sobre a superação apresentada pelo Praia Clube ao longo de toda a temporada 2023/24. Segundo ela, o elenco criou uma bagagem importante na fase de grupos e nos playoffs, e vai com tudo para cima do Minas em busca do terceiro campeonato para o time de Uberlândia.
 
"Nós vamos deixar tudo em quadra, vai ser um jogo muito disputado, mas queremos trazer esse tricampeonato para o Praia. A temporada foi aos trancos e barrancos, tivemos jogos difíceis, mas fomos criando essa casca e criamos uma bagagem de superação, resiliência e de conjunto, porque todo mundo se sentiu importante. Surpreendemos muitas pessoas chegando na final, mas quando ganhamos do Rio nós nos surpreendemos, porque era um time que vinha embalado, no ginásio delas, com torcida e com uma comissão tão competente como é a do Bernardinho", afirmou a atleta.
 
DUELO ENTRE AS CENTRAIS
Se o duelo entre as duas equipes deve ser equilibrado, o confronto particular entre as centrais também promete ser digno de uma grande final. De um lado, a bicampeã olímpica Thaísa vai em busca de sua 9ª Superliga Feminina de Vôlei, a quarta pelo Minas. Do outro lado, a campeã olímpica em 2012, Adenízia, busca o terceiro título nacional de sua carreira.
 
Em conversa com a imprensa, Adenízia falou sobre a amizade com Thaísa e o respeito das duas centrais, multicampeãs e jogadoras de destaque por onde passaram. Segundo a atleta praiana, elas se conhecem desde os 14 anos de idade, quando jogaram juntas na seleção de base. Elas também foram companheiras de clube pelo Osasco e pela seleção, quando levaram o ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
 
"Eu e a Thaísa estamos juntas desde os 14 anos de idade. Jogamos juntas em Osasco, 10 anos de seleção. Nos respeitamos demais, sabemos o ponto fraco e forte de cada uma. A gente se respeita muito, vai ser uma brincando com a outra. Vai ser um grande duelo como sempre foi. O Paulinho [Paulo Coco] sempre treina demais o bloqueio e fala comigo. Sem uma base no time, a central não ajuda, tenho muito o que agradecer às meninas", disse.




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