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05/01/2023 às 14h54min - Atualizada em 05/01/2023 às 14h54min

Contorno do Anel Viário Sul, em Uberlândia, deve ser entregue até maio; ponte sobre o Uberabinha será retomada em março

Conclusão estava estimada para o início deste ano, mas período chuvoso e desapropriações atrasaram previsão, segundo o DER-MG

IGOR MARTINS I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Pavimentação e adequação da MGC-455 foi realizada, mas ainda necessita de sinalização I Foto: MATEUS ZERBINI
A entrega das obras do contorno do Anel Viário Sul, em Uberlândia, que perduram por 27 anos, precisarão ser proteladas mais uma vez. Segundo o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), os serviços de pavimentação e adequação da MGC-455, que liga Uberlândia a Campo Florido, foram realizados. O trecho, no entanto, ainda precisa ser sinalizado. O novo prazo de entrega foi estabelecido para maio deste ano. Já a construção da ponte sobre o Rio Uberabinha teve o contrato com a empreiteira suspenso. Os serviços devem ser retomados até março, sem previsão de conclusão. 

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A estimativa inicial era de que tudo fosse finalizado até o início de 2023. As obras foram retomadas
em maio do ano passado, conforme noticiou o Diário. O prazo contratual para a execução dos serviços, conforme divulgado pelo DER, era de 240 dias. Como as obras recomeçaram no dia 23 de maio, a expectativa era de que o trabalho fosse finalizado no próximo dia 18. Entretanto, segundo o DER, problemas com o processo de desapropriação de terrenos e o período chuvoso atrasaram a conclusão.
 
De acordo com o diretor-geral do DER, Rodrigo Tavares, cerca de 30% da obra no local foi concluída. Em entrevista à produção do Diário, Tavares explicou que um dos motivos do atraso foi a abertura de uma cratera na LMG-503, rodovia que também faz parte do traçado do Anel Viário de Uberlândia. O trecho se rompeu após uma forte chuva, em dezembro de 2021.
 
No fim do ano passado, o Diário voltou a falar sobre o tema, mostrando que o local segue interditado há mais de um ano. As obras de recuperação foram iniciadas em julho de 2022. Na época, a previsão do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) era de que o trabalho fosse concluído em aproximadamente três meses. O serviço, no entanto, não foi finalizado a tempo e o DER informou um novo prazo de entrega para o primeiro trimestre deste ano. 
 
“Em dezembro de 2021, tivemos uma ocorrência devido às fortes chuvas na região do Triângulo Mineiro. O bueiro que já era existente na rodovia se rompeu. Não estava prevista a troca desse bueiro no contrato. A gente teve que refazer o projeto, que demorou um tempo, e fazer um estudo de toda a bacia e de tudo o que estava em volta da rodovia. Esse estudo ficou pronto em julho de 2022”, detalhou.
 
Segundo Tavares, para realizar a troca do bueiro, foi necessário refazer o acordo com a empreiteira através de um aditivo contratual, o que também levou tempo no âmbito jurídico. O novo contrato ficou pronto apenas em setembro do ano passado, mas o novo período chuvoso acabou impactando mais uma vez a retomada das obras na região.


Ainda de acordo com o diretor-geral do DER, a previsão é de que até maio deste ano o trecho seja liberado. “As equipes de manutenção estão mobilizadas. Vai ter algum retrabalho por causa das chuvas, mas nada muito grave. A gente espera que até maio essa obra no Anel Viário Sul esteja concluída. É uma obra de extrema importância para toda a região. Assim que parar o período chuvoso, vamos voltar com força total para concluir ela”, esclareceu.
 
OBRA ANTIGA
A construção do Anel Viário Sul foi iniciada em 1995. Em maio de 2020, o Governo de Minas lançou um edital para licitação da empresa que ficaria responsável pela finalização das obras. A construtora vencedora teria um prazo máximo de 360 dias a partir da ordem de serviço para entrega dos serviços.
 
O contrato com a empreiteira acabou sendo assinado somente outubro do mesmo ano, conforme mostrou reportagem do Diário. Na época, a produção entrou em contato com a construtora, que alegou atraso na execução por causa das chuvas e deu um novo prazo para conclusão, estimado em cinco meses.
 
Em agosto de 2021, o Diário cobrou o DER-MG novamente sobre o assunto. Na época, o órgão informou que a empresa recebeu ordem de paralisação devido à inadimplência no CAGEF-MG. O departamento esclareceu que a empresa contratada havia solicitado reequilíbrio-econômico financeiro do contrato. A proposta foi recusada, pois não atendeu aos parâmetros legais e o contrato foi encerrado com 77,8% da obra de pavimentação realizada e 38% da ponte. Foi necessário então realizar novas licitações para que outra empreiteira assumisse as obras,
reiniciadas em maio de 2022.
 
No caso da MGC-455, os investimentos são de R$ 20,78 milhões para a finalização de um trecho de 19 quilômetros. No local, a pavimentação já foi realizada, restando ainda o processo de sinalização. As obras também incluem a construção de uma ponte sobre o Rio Uberabinha. Parte da estrutura já está instalada com vigas de ferro e concreto, entregues ainda em 2018. Somente para a construção da ponte, estão estimados cerca de R$ 4,5 milhões. O trecho vai ligar a BR-050 e as MGCs 497 e 455, que dão acesso a Campo Florido e Prata.


 
DESAPROPRIAÇÃO
Por meio de nota, o DER esclareceu sobre o atraso. Segundo o órgão, as obras de construção da ponte sobre o Rio Uberabinha possuem contrato próprio e independente dos serviços complementares do Contorno Viário Sul de Uberlândia e da recuperação do bueiro, pois dependiam de uma desapropriação de oito chácaras na região para início do serviço.
 
De acordo com o departamento, a demora da liberação efetiva das áreas, que estava a cargo da Prefeitura de Uberlândia, só ocorreu em dezembro de 2022, coincidindo com o período de chuvas. Segundo o órgão, por este motivo foi necessário suspender a vigência do contrato de 240 dias para a execução da obra.
 
“O atraso na liberação dos terrenos provocou um adiamento no cronograma inicial da ponte. A retomada do contrato das obras de construção da ponte sobre o Rio Uberabinha e início dos serviços deverá ocorrer, após o período chuvoso, provavelmente, a partir de março”, diz o comunicado.
 
O recurso investido na desapropriação, conforme divulgado pela Prefeitura durante o anúncio do programa "Uberlândia Integrada"
, foi de R$ 5,5 milhões. Inicialmente, as ações se concentraram na delimitação e fechamento da área, preparação e limpeza do terreno, medições, topografia e estaqueamento do traçado das pistas.
 
O Diário procurou o Município para comentar sobre o processo de negociação das áreas. Por meio de nota, a Prefeitura informou que iniciou os processos judiciais de desapropriações em meados de julho de 2022. Esclareceu também que foi neste período que o DER oficiou formalmente a Prefeitura de que havia garantias para a retomada das obras. “Os processos de todas as chácaras já estão em finalização e o órgão estadual já foi devidamente notificado de que os trabalhos podem ser realizados”, disse o Município.

* Matéria atualizada às 17h para ajuste de informações.

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