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01/06/2022 às 11h45min - Atualizada em 01/06/2022 às 11h45min

Após 27 anos de impasses, obras do Anel Viário Sul em Uberlândia são reiniciadas

De acordo com o DER/MG, previsão de entrega é de 240 dias; trecho só deve ser 100% liberado em 2023

DHIEGO BORGES I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Serviços de pavimentação do trecho de 19 km já estão sendo realizados I Foto: DIVULGAÇÃO/DER-MG
Após 27 anos, entre paralisações e retomadas, as obras do Anel Viário Sul foram reiniciadas e devem ser finalmente concluídas em Uberlândia. Os serviços de pavimentação e adequação da rodovia MGC-455, que liga Uberlândia a Campo Florido, foram retomadas em 16 de maio pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG). Os investimentos são de R$ 20,78 milhões para finalização do trecho de 19 quilômetros, dos quais 70% estão concluídos.
 
De acordo com o DER-MG, também está prevista a conclusão da ponte sobre o Rio Uberabinha, com 84 metros de extensão. Os serviços foram iniciados no dia 23 de maio. O trecho vai ligar a BR-050 e as MGCs 497 e 455, que dão acesso a Campo Florido e Prata. Somente para a construção da ponte estão estimados 4,5 milhões de reais. Segundo o DER, o prazo contratual para execução dos serviços é de 240 dias (oito meses).
 
No local, homens e máquinas já executam os serviços de terraplanagem. A previsão é que o trecho seja liberado somente no início de 2023. “Esta obra, iniciada há cerca de 30 anos, finalmente vai ser concluída em aproximadamente um ano e passará a beneficiar diretamente, com mais segurança e melhor fluidez do tráfego, cerca de 600 mil pessoas, ao evitar a circulação de veículos de carga ou em viagem de longa distância pelas ruas centrais de Uberlândia”, destacou o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato.
 
No local onde deve ser construída a ponte sobre o Rio Uberabinha, parte da estrutura da base já está instalada com vigas de ferro e concreto, entregues em 2018. O restante do trecho aguarda, desde então, por uma desapropriação de chácaras em uma área de aproximadamente 38 mil m² entre a avenida Felipe Bueno Campos e o Rio Uberabinha.


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As negociações, sob responsabilidade da Prefeitura de Uberlândia, foram iniciadas por meio de conversas com os chacareiros do local em 2017. Por meio de nota enviada ao Diário no dia 27 de abril, o Município disse que um acordo realizado com os proprietários em conjunto com o DER-MG possibilita e autoriza que o órgão estadual siga com as obras, independentemente do andamento das desapropriações. O município esclareceu ainda que mantém contato com órgãos responsáveis pelo serviço para que, conforme o avanço do processo, tome as providências necessárias.



HISTÓRICO
A construção do Anel Viário Sul foi iniciada em 1995. Em maio de 2020, o Governo de Minas lançou um edital para licitação da empresa que ficaria responsável pela finalização das obras. Na época, a construtora Sodeste LTDA foi a vencedora da concorrência ao apresentar um orçamento de R$ 11.489.580,21. O prazo máximo para a conclusão do serviço foi estipulado pelo estado para 360 dias a partir da ordem de serviço.
 
A previsão para a conclusão do serviço por parte da construtora era de aproximadamente quatro meses, mas isso dependeria da determinação do Estado e também do período de chuvas, que poderia atrasar algumas etapas.
 
O contrato com a empreiteira acabou sendo assinado somente outubro do mesmo ano, conforme
mostrou reportagem do Diário. Na época, a produção entrou em contato com a construtora, que alegou atraso na execução por causa das chuvas e deu um novo prazo para conclusão, estimado em cinco meses.
 
Em agosto de 2021, o Diário cobrou o DER-MG novamente sobre o assunto. Na época, o órgão informou que a empresa recebeu ordem de paralisação devido à inadimplência no CAGEF-MG. O departamento esclareceu que a empresa contratada havia solicitado reequilíbrio-econômico financeiro do contrato. A proposta foi recusada, pois não atendeu aos parâmetros legais e o contrato foi encerrado com 77,8% da obra de pavimentação realizada e 38% da ponte. Foi necessário então realizar novas licitações para que outra empreiteira assumisse as obras, reiniciadas neste ano.

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