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23/12/2022 às 12h00min - Atualizada em 23/12/2022 às 12h00min

Trecho do Anel Viário Sul, em Uberlândia, segue interditado há quase um ano

Cratera se abriu no local em dezembro de 2021; DER-MG informou que obras, iniciadas em julho deste ano, podem perdurar até primeiro trimestre de 2023

DHIEGO BORGES e SÍLVIO AZEVEDO
Quase um ano se passou desde que uma cratera se abriu em um trecho da LMG-503, no Anel Viário Sul de Uberlândia. O local segue interditado há exatos 359 dias, após o asfalto ceder por conta de uma forte chuva que atingiu a cidade em dezembro de 2021. As obras de recuperação foram iniciadas em julho deste ano. Na época, a previsão do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) era de que os serviços fossem concluídos em aproximadamente três meses. A promessa, no entanto, deve ficar para 2023.
 
Em comunicado enviado ao Diário nesta quinta (22), o órgão responsável pela rodovia informou que os serviços de restauração do bueiro, que causou o estrago, estão em andamento e o novo prazo para conclusão foi estimado para o primeiro trimestre do próximo ano. O DER-MG disse ainda que prevê a substituição do antigo bueiro metálico de 4,8 metros de diâmetro por uma galeria em concreto, composta de três linhas de bueiros, cada um com 3x3 metros.
 
“Com esta substituição haverá a ampliação da vazão das águas no local. Após a construção do bueiro será feita a reconstrução da parte da pista da LMG-503, destruída durante as chuvas. O andamento dos serviços depende de condições climáticas favoráveis. A liberação de tráfego acontecerá após a conclusão dos serviços previstos”, disse o DER-MG por meio de nota.
 
A reportagem do Diário esteve no local, na tarde desta quinta-feira (22). Apesar da informação repassada pelo DER-MG de que as obras estavam em andamento, na região não há máquinas ou trabalhadores em atividade. Enquanto isso, quem antes trafegava pela via continua tendo que utilizar um desvio de 3 km, por meio do bairro São Jorge. Os acessos estão localizados nas avenidas Carlito Cordeiro, sentido Laranjeiras, e Serra da Bodoquena, no São Jorge.



 
RELEMBRE
O buraco no asfalto se formou após uma forte chuva no dia 29 de dezembro de 2021. Em agosto deste ano, o Diário trouxe uma matéria mostrando os transtornos vividos por moradores da região e por motoristas que trafegam pelo local.

Próximo à cratera, placas sinalizam sobre o trânsito interrompido. No meio do ano, o DER-MG iniciou os serviços preliminares de limpeza e preparação da LMG-503, ações que antecedem as obras definitivas. Na época, a reportagem esteve no local, mas não identificou movimentação de trabalhadores. A interdição da estrada começa no trevo com a avenida Vereador Carlito Cordeiro, sentido bairro Laranjeiras, até o trevo de acesso ao bairro São Jorge, pela avenida Serra da Bodoquena. Ao todo, são três quilômetros com passagem interrompida.
 
Em entrevista ao Diário na data da reportagem, um morador da região, que preferiu não ser identificado, afirmou que a interdição tem atrapalhado o deslocamento. Segundo o trabalhador, que reside no bairro Aurora, o tempo de viagem que era de 15 minutos pela estrada saltou para no mínimo 30.
 
“É muito complicado. Eu vou para a região do Shopping Park todos os dias. Gastava entre 10 e 15 minutos, mas com a interdição da via eu preciso ir por dentro do bairro Laranjeiras e São Jorge. É muito trânsito, acaba que ficou muito mais movimentado porque todo mundo precisa fazer o mesmo trajeto”, disse.
 
O empresário André Alves da Silva também passava pelo Anel Viário Sul diariamente. O uberlandense é dono de um supermercado no bairro Shopping Park e contou que vai à Central de Abastecimento (Ceasa) todos os dias. Antes da interdição do trecho, ele demorava cerca de 15 minutos para acessar a BR-050 e hoje, esse tempo praticamente dobrou.



 
DESVIOS
A recomendação do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) sobre o deslocamento para veículos leves é entrar nas vias urbanas de Uberlândia. Já os veículos pesados devem utilizar a BR-050, BR-365 e a MGC-497. Apesar disso, André Alves da Silva, que utiliza uma carreta para carregar produtos, afirmou que tem encontrado dificuldades para se deslocar pelas vias recomendadas.

“A carreta passa muito carregada. Para chegar à Ceasa, eu preciso passar dentro do bairro, isso atrapalha muito. Além de perder tempo com o desvio, a gente também tem que escapar dos buracos. Tem dias que eu entro pelo São Jorge, tem dias que eu vou pelo Santa Luzia, então é uma situação que precisa melhorar”, relatou.
 
Outra moradora ouvida na época contou que passava pela estrada todos os dias para ir ao trabalho. Como o trecho permanece fechado, ela perdeu tempo de deslocamento e aumentou a duração das viagens em aproximadamente 25 minutos.
 
“Tem dias que eu saio do trabalho mais tarde e preciso pedir uma corrida de aplicativo. Está muito difícil, porque ao invés de ir pelo Anel Viário, eles precisam dar uma volta grande pelo bairro. Queria realmente saber porque a obra não está andando, não estamos em época de chuva e está tudo parado”, contou.


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