Atualmente ele é considerado um dos maiores empresários do ramo artístico do país. Pedro Mota Fonttes é hoje responsável por cuidar da carreira de artistas como César Menotti & Fabiano, Cláudia Leitte, Mano Walter, Xand Avião, Giannini Alencar e o mais recente contratado do escritório, o cantor Latino.
Em entrevista ao Diário, Pedro contou detalhes sobre como iniciou sua paixão pela música e pelo mercado de shows, como a pandemia do novo coronavírus tem afetado o mercado e o futuro dos shows.
"Minha paixão pelo ramo musical começou por brincadeira, no auge do axé music eu era estudante de Engenharia Mecânica, em Campina Grande, na Paraíba, e sempre me envolvi com os blocos. Campina Grande foi a primeira cidade depois de Salvador a ter micaretas, no início do famoso carnaval fora de época. Deixei todos os estágios e cursos dos quais eu já havia feito e decidi seguir pela carreira de eventos”, disse.
Sobre as barreiras na hora de criar um evento, Pedro foi categórico. Disse que a maior dificuldade é entender a diferença de festa para brincadeira, levantar custos, avaliar investimentos, entre outros. Segundo ele, essa matemática é fundamental na hora da realização de qualquer evento, independente do tipo.
"É exatamente no show que o artista consegue realmente sentir que o trabalho que ele executou durante tempos está sendo reconhecido pelo público. Todo o trabalho que o artista tem em encontrar a música perfeita, produzir, colocar sua voz, o arranjo adequado. Esse retorno você só sente no show ao vivo, o famoso calor humano”, disse o empresário sobre a importância de um show para o artista.
Pedro comentou também sobre o "boom" das lives, uma forma criada pelos artistas para conseguir driblar os prejuízos em função da pandemia do novo coronavírus.
"A conta das lives é apertada, são poucos os artistas que realmente conseguem faturar bem com as transmissões, a grande maioria busca nos shows online realizar uma boa divulgação do seu trabalho e manter o público fiel, o que sobra é realmente pouco. Em períodos normais, dependendo do artista, por exemplo, os valores obtidos com as bilheterias superam o valor ganho em uma transmissão, por exemplo. Eu acredito que em tempos futuros, após todo o fim da pandemia, é que cada artista faça apenas duas lives por ano, é uma forma de não deixar o público desamparado”, concluiu.
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