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19/10/2024 às 08h00min - Atualizada em 19/10/2024 às 08h00min

Documentário apresenta história de artistas de Uberlândia

"Entre Linhas" será lançado neste sábado (19), com dois episódios inéditos por semana

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Idealizado por Camila Amuy, produção contará as histórias de Iara Magalhães, Jack Will, Maria de Maria, Mestre Fabinho, R Jay e Vaine I Foto: Doo Fotografia

Estreia neste sábado (19) o documentário "Entre Linhas", obra que vai contar a história de artistas de Uberlândia. Idealizado por Camila Amuy, o projeto terá dois episódios inéditos lançados semanalmente no YouTube. A temporada 2024 da produção vai narrar as trajetórias de Iara Magalhães, Jack Will, Maria de Maria, Mestre Fabinho, R Jay e Vaine.

O documentário conta com o trabalho de mais de 40 profissionais diretamente ligados ao cenário audiovisual. O Entre Linhas foi lançado em 2022 com a participação de nove personagens da cidade. Desta vez, a produção terá episódios inéditos de narrativas contadas pelos próprios artistas. Cada episódio terá, em média, 20 minutos.

"A proposta é fazer um recorte da trajetória de artistas de Uberlândia, assim como suas contribuições culturais na cidade. É justo documentar isso e assim eternizar e ampliar o acesso a tantas histórias relevantes de artistas locais que enriquecem a nossa cidade com suas obras, suas produções", disse Camila Amuy, produtora cultural da cidade.



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OS ARTISTAS

Iara Helena Magalhães
Tem 68 anos, se vê como uma mulher em movimento e envolvida em diversas causas sociais e artísticas, com destaque na área do cinema e do audiovisual. De odontopediatra à professora e coordenadora de curso de cinema. De mãe de dois filhos e uma filha à ativista do cinema e do audiovisual com comunidades de mulheres sem teto.

"Toda vida é coletiva, temos de lidar com a questão do futuro, não nos sentirmos sozinhas e lutarmos contra a precariedade da existência de qualquer pessoa. Essa é a garantia de futuro para o meu, o seu e os nossos corpos", disse.

R Jay
É rapper, compositora, produtora cultural, mestra de cerimônia, educadora social e artística, fundadora e organizadora da Batalha do Coreto 034, e graduanda em Ciências Sociais na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Tem 25 anos, é natural de Uberlândia e cria do bairro Luizote de Freitas.

Para ela, o hip-hop é a vida, é o ar que ela respira. Começou na cultura ainda quando criança; com 11-12 anos já escrevia poemas e músicas, com 13 já improvisava rimas, aos 14 anos já estava atuando na produção de eventos e com 16 começou a organizar seus próprios eventos, somando cerca de 150 no total.

"Eu amo o rap, amo o que faço, essa parada salvou minha vida, e não tem nada mais satisfatório que poder fazer alguma música, evento ou projeto e ver a cultura exalando, ver geral louco, feliz, gritando, se divertindo, sentindo e vivendo a cultura. Nenhum dinheiro no mundo paga isso, e ver o impacto na vida das pessoas. Hip-Hop é isso. E eu amo criar, produzir. Me vejo como uma artista multifuncional, e que põe coração e alma em cada obra e produção, seja para desabafar, passar uma mensagem, criticar e instigar reflexões, ou simplesmente me divertir fazendo arte. A meta é continuar desenvolvendo meus projetos individuais e projetos que contribuam com a cena local, para seu crescimento local e nacional", falou a rapper.

Jack Will
Nascido em Uberlândia, William Nunes Borges viveu no Centro da cidade na infância, onde também começou a dar suas primeiras batucadas em baterias improvisadas com tamboretes, latas, panelas e o que mais aparecesse pela frente. Hoje, mais conhecido como Jack Will, o baterista é referência no cenário musical uberlandense.

Participou de turnês e shows em diversos locais do Brasil e fez sua primeira viagem internacional para Londres em 2010 ao lado da banda Porcas Borboletas. Já participou de gravações de cerca de 15 álbuns de estúdio.

Vaine
É rapper e artista visual, mora em Uberlândia, onde vem construindo uma sólida e promissora carreira pelo circuito cultural do Triângulo Mineiro. Enxergando o rap como uma ferramenta para contar histórias, Vaine possui uma mixtape, um EP colaborativo e seu álbum de estreia, o "Colibri".

Oriundo das batalhas de rima, o artista de 28 anos resgata características clássicas do rap, acompanhadas de muita brasilidade e elementos orgânicos, garantindo singularidade e boa recepção nos mais diversos espaços e públicos. A vivência cotidiana é o tema central do seu trabalho. Com rimas que abordam questões políticas, sociais e raciais, Vaine consegue conectar suas próprias experiências às vivências do público, criando conexões poderosas e significativas.

Mestre Fabinho
É dançarino, professor de dança de salão, e graduado em licenciatura no curso de Teatro na UFU em 2016. Trabalhou como professor de dança em colégio de Uberlândia, diretor e professor da academia Ritmo dança de salão, desde 1993, já foi professor substituto no conservatório na disciplina de teatro, em 2013, e diretor e professor do projeto de inclusão dançando com a vida, desde 2000.

Trabalhou na Europa no ano 2017 nos países Alemanha, França, Itália e Bélgica.  Desde 1998, desenvolve um trabalho de pesquisa e coreografia com deficientes, inserindo pessoas com diversas limitações físicas no cenário da dança. Trabalha com crianças de 6 a 13 anos desde 1999 e dá aulas de dança para crianças carentes da Icasu, com montagem de coreografias entre 2000 e 2003.

Maria De Maria
Tem 43 anos, é atriz, professora de Teatro, Mestre em Melodrama no Cinema de Almodóvar e Doutora de Circo-Teatro Brasileiro. Nasceu em São Paulo, mas com um ano foi morar em Uberlândia. Na infância, no Bairro Fundinho, brincou com amigos da vizinhança nas salas do subsolo da Casa da Cultura.

Na adolescência descobriu o teatro, o fogo e a dança. O Teatro a levou para a UFU, sua segunda casa. Estreou profissionalmente no Teatro Grande Otelo em uma de suas últimas derradeiras temporadas: “Suburbano Coração”, texto de Naum Alves de Souza dirigido por Walter Balthazar, em 2000. Viu muito teatro, fez muito teatro, todos em cartaz no antigo Teatro Rondon, sua escola. Se assumiu lésbica, teve 5 relacionamentos duradouros, adotou um cachorro, teve um fusca verde. Cruzou o Atlântico e mudou de país.

"Me apaixonei, rompi, descobri outras formas de amar. Sofri cada fim de ciclo sem temer começar outros. Muitos.  Montei um monólogo, fiquei nua, cantei Elis Regina no palco: ‘que audácia pra mim que nem sei cantar’. Hoje, me indigno com as violências de gênero, com o patriarcado e com o racismo e o capitalismo. Minha busca hoje é encontrar lugares poéticos para me manifestar seja em luta ou em celebração. Como diz Adriana Calcanhotto eu ‘Corro demais, corro demais’, ‘porque não sei se a vida é pouco ou demais’”, relatou.


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