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16/12/2018 às 06h31min - Atualizada em 16/12/2018 às 06h31min

Uberlandense quer disputar Olimpíadas de Tóquio 2020

Lucas Ferreira é sargento do Exército Brasileiro e terá competições importantes no ano que vem em busca da vaga olímpica

Éder Soares
Lucas Ferreira é uberlandense e segue no sonho de conseguir ir para os Jogos Olímpicos (Divulgação)
O sonho olímpico faz parte da alma de atleta do uberlandense Lucas Ferreira de Oliveira, de 31 anos, lutador de taekwondo que atualmente representa o Exército Brasileiro em competições no Brasil e pelo mundo. O ano de 2019 promete ser decisivo para o lutador em suas pretensões de realizar o sonho de pela primeira vez participar de uma competição olímpica, mais especificamente dos Jogos de Tóquio 2020. Alguns osbstáculos ao longo da vitoriosa carreira adiaram por alguns instantes as pretensões do atleta de Uberlândia, porém longe de o abater e dar fim à batalha pela maior realização profissional que um atleta de esporte olímpico pode ter.
 
A carreira de Lucas no taekwondo começou aos 17 anos, depois de um convite feito por seu primeiro professor, e amigo, Ridenes de Lima, que estudava na mesma sala com ele. Aos 24 anos começou a disputar competições na principal categoria (faixa preta), e logo se despontou no meio competitivo, integrando a Seleção Brasileira aos 26 anos de idade, em seguida indo morar em Vitória (ES), após convite do Centro olímpico do Espírito Santo (COES) 
 
“Aos 27 anos, me mudei para São Paulo para ingressar a equipe do Núcleo de alto rendimento de São Paulo (NAR), me tornei o atleta principal da categoria principal e no mesmo ano também ingressei na Seleção Universitária como atleta principal. Neste mesmo ano, de 2014, disputei minha primeira competição internacional (Mundial Universitário) obtive o resultado de terceiro colocado no individua, e vice-campeão mundial universitário por equipe. 
 
Na segunda competição realizada, logo na semana seguinte, Lucas se sagrou campeão do Bolívia Open, onde tinha como adversários os principais atletas do continente americano. No mês seguinte conquistou as medalhas de prata no Festival Pan-americano e no Pan-americano, pela primeira vez, além de mais quatro medalhas internacionais.
 
EXÉRCITO
 
Em 2015, Lucas Ferreira foi contratado pelo Exército Brasileiro para fazer parte do Programa de atleta de alto rendimento (PAAR), sendo este momento um divisor de águas em sua carreira como atleta de taekwondo. “Nesse mesmo ano, eu conquistei a vaga da categoria peso pesado para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Toronto (Canadá) e me tornei campeão Sul-americano, dentre outras várias medalhas internacionais pelo mundo”, afirmou o uberlandense. 
 
O retorno para Uberlândia aconteceu em 2016, depois do falecimento do seu pai (padrasto). “Apesar de ter ficado fora dos jogos Olímpicos do Rio (2016), eu me tornei mais uma vez vice-campeão Pan-americano, pela segunda vez seguida, dentre mais algumas medalhas internacionais e ainda alcancei o posto de 11° melhor atleta da categoria em todo o mundo, o que considero marcas muito expressivas”. 
 
Em 2017, Lucas se transferiu para São Caetano do Sul (SP), convidado a fazer parte da equipe Two Brothers Team, onde ficou treinando um ano e seis meses, conquistando mais medalhas internacionais. “Neste ano retornei a Uberlândia após uma pequena lesão. Me recuperei, obtive o vice-campeonato no aberto da Argentina e tive como objetivo principal do ano o Campeonato Mundial Militar, que foi realizado no começo deste mês no Rio de Janeiro, mas acabei sendo eliminado na segunda luta para um atleta do Iran”, afirmou. 
 
Pingue pongue

Diário: Ainda tem sonho de ir a uma Olimpíada? Existe esta possibilidade e o que você precisa fazer para conseguir? 
Lucas: Sim, como todo atleta eu tenho o sonho de disputar os jogos olímpicos. Ainda não foram informados pela Confederação Brasileira os critérios para os atletas que iram em busca da vaga para os jogos.  Porém, o objetivo para 2019 é estar no Mundial Sênior, em maio, na Inglaterra, e nos Jogos Mundiais Militares, que será realizado na China, para assim poder brigar pela vaga para Tóquio 2020. Mas estou muito confiante e determinado em lutar por este objetivo, mesmo porque me vejo em perfeitas condições para conseguir este objetivo. 
 
Diário: Atualmente você é sargento do Exército. Serve em Uberlândia ou no Rio de Janeiro? 
Lucas: Moro em Uberlândia, mas a minha base militar é na Comissão de Desportos do Exército (CDE), que fica situada na Fortaleza de São João no Rio de Janeiro. As forças armadas, no meu caso o Exército Brasileiro, tem uma importância fundamental na minha carreira como atleta, pois acrescenta e fortalece valores que tenho não só no meio esportivo como também em minha vida como civil.
 
Diário: Como foi o seu 2018 esportivamente falando? Quais os resultados? 
Lucas: O meu 2018 foi de recuperação no primeiro semestre e de preparação para o Mundial Militar, no segundo. Fiz uma base de treinamentos intensos e minuciosamente programado para chegar bem no Mundial Militar e para conseguir ter um 2019, como o ano de maiores conquistas na minha carreira. 
 
Diário: Quais as suas principais disputas para o ano que vem? 
Lucas: Os meus principais desafios para o ano que vem serão as disputas dos Jogos Mundiais Militares, que será disputado na China e o Mundial Sênior, além de algumas edições do Grande Prix. Como já falei anteriormente, será um ano decisivo para o meu sonho olímpico e preciso estar muito bem preparado em todos os sentidos para obter o sucesso que venho planejando.
 
Diário: Gostaria de fazer algum agradecimento?
Lucas: Eu gostaria de fazer um agradecimento muito especial ao Exército Brasileiro, para a Comissão de Desportos do Exército, e para a Comissão Desportiva Militar do Brasil, por toda a estrutura para disputa de todas as competições, em especial do Mundial Militar, que é de grande valia para todos atletas que aqui estão. 
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