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09/03/2018 às 15h34min - Atualizada em 09/03/2018 às 15h34min

Pressão alta também pode atingir crianças

DA REDAÇÃO
 
Diversas entidades médicas internacionais de pediatria, entre elas a Sociedade Americana de Pediatra e a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendam que pediatras realizem a aferição da pressão arterial em crianças e adolescentes. A medida visa identificar quadros de hipertensão (HAS, hipertensão arterial sistêmica) na infância, já a partir dos 3 anos de idade.

“As causas variam com a idade, sendo que quanto mais jovem e mais elevada a pressão arterial, maior a possibilidade de a hipertensão ser de causa secundária, isto é, devido a doença renal, por exemplo. O diagnóstico precoce, realizado através da mensuração da pressão arterial e controle adequado da hipertensão, evita que ocorram alterações crônicas no sistema cardiovascular e no processo de aterosclerose”, explica a nefropediatra Maria Cristina de Andrade, da clínica MBA Pediatria e da Unifesp.

Desde a década de 60 são realizadas pesquisas para determinar os valores referenciais normais da pressão arterial (PA) em crianças e adolescentes. Uma das principais causas do aumento da prevalência de hipertensão infantil é a obesidade. Crianças obesas têm probabilidade maior de hipertensão em até 11%. No Brasil, o excesso de peso e a obesidade atingem 53% da população, incluindo as crianças.

A hipertensão arterial é uma doença crônica que, estima-se, acomete cerca de 20% de toda a população mundial. É um fator de risco para doenças cardiovasculares e AVC (derrame cerebral), insuficiência renal crônica, aneurismas e lesões nos vasos sanguíneos dos olhos.

Na grande maioria dos casos a pressão alta em crianças é assintomática. Em muitas situações, tanto na hipertensão primária, sem causa definida, quanto na secundária, devido a uma doença identificável, a hipertensão assintomática pode causar lesão de órgãos e, quando não tratada, a criança pode levar o quadro hipertensivo para vida adulta. Geralmente, na infância, as causas da hipertensão são secundárias; entre os adolescentes, a causa primária prevalece.

Crianças com doenças renais, prematuras, com problemas na tireoide e apneia e distúrbios do sono têm maior chance de ter hipertensão. Em adolescentes, a HAS primária geralmente associada à obesidade é mais frequente, e é preciso instituir mudança de hábitos alimentares e prática de exercícios físicos.
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