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02/11/2019 às 09h28min - Atualizada em 02/11/2019 às 09h28min

Banda reúne doutores músicos – ou seriam músicos doutores?

ADREANA OLIVEIRA
Dadá, Chicão, Jeff, Mala e Beto são a Metástasis | Foto: Divulgação
A rotina de um hospital ou de um consultório médico pode ser extenuante. Quando termina a jornada, é hora de tirar o jaleco e relaxar. Para os doutores Flávio Malagoli Buiatti, Francisco Naves, Lawrence Garcia e Roberto Gosuen, também é hora de trocar o branco pelo preto, bisturis, estetoscópios, pinças e microscópios por instrumentos musicais e os diagnósticos e prognósticos por... heavy metal.

Na banda Metástasis, os doutores respondem por Mala (baixo e backing vocal), Chicão (guitarra e backing vocal), Dadá (vocal) e Beto (guitarra e backing vocal). As especialidades são ortopedia e traumatologia, cirurgia plástica e pediatria. A banda também conta com um “anestesista”, o empresário de T. I. e cervejeiro Jeff Weismann, na bateria.

Seriam músicos doutores ou doutores músicos? A ordem dos fatores aqui também não altera os resultados. Eles vieram de diferentes projetos musicais que contemplavam desde a viola caipira a músicas autorais, passando pelo classic rock e rock nacional dos anos 80 e agora, na Metástasis, querem é espalhar o bom e autêntico heavy metal e o rock pesado.

Beto explica a origem do nome, que remete à formação híbrida da banda. “Mudamos um pouco a grafia da palavra metástases – termo médico atribuído a uma forma grave e avançada de algum tipo de câncer ou tumor de alta malignidade; que remete a algo pesado e sombrio. Como algumas bandas conhecidas usam termos como sepultura, sarcófago, assassinos de donzelas, raiva, ira e alguns outros termos alterados, optamos também por essa mudança para Metástasis, gerando uma intenção positiva na banda.”

Nessa proposta, a Metástasis inverte o sentido de algo ruim ou triste para algo positivo. Valoriza o nicho de público que curte e é ávido pelo heavy metal – e, adicionando pitadas do rock, espalha esse som pesado e sombrio. “Queremos agitar, quebrar o clima e contribuir para a alegria, energia e curtição do momento de se aproveitar o bom da vida como quem aprecia uma boa música, ainda que com temática pesada.”

A medicina aproximou-os como amigos, colegas, tornando-os quase irmãos. Apesar de não tirarem o sustento dos shows, eles fazem música com profissionalismo para entregar aos fãs o que merecem. “De alguma forma, conseguimos ter acesso a bons equipamentos, que custam caro, mas possibilitam a qualidade e o prazer de tocar que essa realidade nos proporciona”, comentou Beto.

Claro, há os plantões, atendimento em consultório, os vários congressos e a realidade da vida pessoal de cada um que inviabilizam o número de ensaios desejados, nada que não se resolva com alguns contatos pelas redes sociais.

A música, na vida de cada um deles, aumenta a sensibilidade, acalenta os momentos pesados, tensos ou de cansaço do dia a dia da profissão. “Ela nos aproxima das pessoas, mesmo que seja dos nossos pacientes e clientes que, por vezes, vão nos prestigiar nos shows. A musicoterapia funciona e é praticada mundialmente. A música cura doenças da mente, da alma e do corpo”, comentou o pediatra guitarrista.

Mas, olha só, apesar de todo o poder terapêutico da música, convém não deixar de fazer seu checkup de rotina nem deixar de tomar os remédios que o seu médico receitou!















 
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