Tropeção indigesto
O time do Uberlândia deu um tropeção em Nova Lima. Isto, definitivamente, não poderia ter acontecido, mas aconteceu. Por méritos do Villa Nova e por deméritos do Uberlândia, inclusive individuais do meia Alê e do quarto-zagueiro Robinho, que são bons jogadores. Acompanhei pelo rádio, com a atenção de sempre. Alê foi displicente, perdeu bola dominada na saída de jogo e ofereceu o contra-ataque para o atacante Felipe Augusto, que serviu a Roni e este abriu o marcador no primeiro tempo. No segundo, Robinho, por excesso de confiança, quis apostar corrida com Roni e este fez o segundo gol. Só que o time alviverde voltou a ter muitas dificuldades para criar e concluir a gol. Isto tem que ser corrigido imediatamente, porque não tem nada perdido, porém agora ficou mais complicado. O Uberlândia deu novo fôlego ao Villa. O meia Alê vem sendo supervalorizado e deve estar achando que joga muito mais que a sua real capacidade. Tem um fã-clube de torcedores, que inclui colegas da comunicação esportiva. Somente fiquei sabendo, com detalhes, que foi ele que perdeu a bola dominada e proporcionou o contra-ataque do primeiro gol do Villa ao ouvir um comentário de Wilson Alves, que vez por outra colabora com o locutor Donizete Moreira em viagens, na Rádio América. Mais ninguém. Pelo menos que eu pudesse ouvir. Não tenho nada contra o Alê, mas isto prejudica ao Uberlândia e à carreira do ainda jovem meia. A meu ver a Caldense, que venceu o Tombense, em Tombos, e chegou aos onze pontos ganhos, já pode ser considerada dona de uma das três vagas mineiras para o Brasileiro da Série D de 2018. Uberlândia e URT têm 10 pontos cada e o Villa chegou aos sete. Nas quatro últimas rodadas, pela ordem, o Uberlândia receberá a Caldense domingo, depois receberá o Cruzeiro, visitará a URT e fechará recebendo o Tupi. A URT receberá o Villa, visitará o Atlético, receberá o Uberlândia e visitará o Tombense. Já o Villa vai visitar a URT, receberá o Tupi, receberá o Tombense e visitará o América. A tabela é um pouquinho melhor para o Leão do Bonfim, que não enfrentará o Atlético, como a URT, ou o Cruzeiro, como o Uberlândia. Ele tem três pontos a menos e pode ter chance de igualar. Cabe ao Uberlândia e à URT conquistar os resultados que precisam, como nos jogos de domingo próximo. Vitória da URT sobre o Villa e do Uberlândia sobre a Caldense, os dois vencedores iriam a 13 pontos e o Villa ficaria com os sete atuais e aí URT e Uberlândia passariam a jogar com menos pressão e o Villa sob uma pressão danada e em situação quase impossível de conquistar a vaga para a Série D.
Seguir com Catanoce
Como o Uberlândia perdeu feio para o Villa Nova, teve torcedores até chutando a porta do vestiário. Também torcedores utilizando as redes sociais para meterem o pau no Catanoce, sobrando para jogadores e diretoria. São reações de torcedores, que não podem ser as mesmas de diretores equilibrados. É preciso ter coerência. Eu sou um dos que sempre defenderam a volta de Paulo Cezar Catanoce e que aplaudiram a sua contratação, em agosto do ano passado, para fazer o trabalho de montagem do elenco atual, junto com o jovem Diretor de Futebol, Fabrício Tavares. Tiveram sempre o respaldo do experiente vice-presidente João Gilberto e a colaboração do supervisor Ângelo Márcio. Tudo vinha sendo feito com competência. Depois que o campeonato começou, Catanoce, que está longe de ser perfeito, cometeu seus erros. Insistiu vários jogos com dois primeiros-volantes, não utilizou até ontem o bom e experiente jogador Marinho Donizete e ontem ele não teria ritmo de jogo e condicionamento para noventa minutos. Tanto que jogou o primeiro tempo e Rogério, em condições semelhantes, jogou o segundo. Aí Catanoce acertou. Vem supervalorizando o meia Alê, que é útil, mas não pode ser tratado como o craque do time. Só que Catanoce conhece o elenco bem e sabe o que não tem dado certo. Portanto, com a necessária humildade, pode contribuir positivamente para que o time alviverde se reacerte e passe a ganhar jogos, já a partir da Caldense no próximo domingo. Trocar o técnico seria correr sério risco de piorar as coisas.
