A importância de um dos alimentos mais antigos e importantes do mundo foi celebrada na última segunda-feira, 16 de outubro, o Dia Mundial do Pão. Criado pelos egípcios há mais de seis mil anos, o pão foi se espalhando pelos quatro cantos do planeta e ganhando novas receitas e formatos.
Com a evolução das receitas, porém, a cada dia surge um tipo diferente do pão e na prateleira dos supermercados e padarias estão dezenas de opções light, integral, com grãos, com iogurte, entre outros.
Mas nada mais brasileiro do que um pão francês. Isso mesmo, este pão é uma receita nacional e tampouco existe na França. Os brasileiros que foram para a França na época da Primeira Guerra Mundial voltavam e descreviam os pães que encontravam por lá. A receita nacional é derivada da baguete, mas, além de ser bem menor, o sabor também é diferente. É um pão aerado, com a casca crocante, mas com o miolo mais macio do que a baguete. A receita foi adaptada para ser um pão individual para sanduíche, porque o brasileiro não gostava da ideia de ter um pão para dividir.
Além do francezinho, os pães de queijo e os pães mais macios – de leite, por exemplo –, são considerados típicos brasileiros. Apesar de não termos muitas receitas tradicionais, os pães internacionais foram adaptados ao paladar e ao clima brasileiro, ganhando novos sabores.
Mas o Brasil é um país fundamentado na miscigenação, como bem sabemos. E, sendo assim, diversas regiões da nossa pátria mãe nomearam o pão francês de acordo com sua cultura e costumes.
Veja os nomes que o pão francês recebe em diferentes estados do nosso diversificado país:
– Na Baixada Santista, em São Paulo, os paulistas chamam o pão francês de média;
– Em Ribeirão Preto, também no estado paulista, peça pelo filão ao comprar pão francês nas padarias;
– Na capital do estado de São Paulo, por sua vez, pãozinho é o nome dado ao pão francês;
– No Ceará, carioquinha;
– No Rio Grande do Sul, cassetinho;
– Em Sergipe, pão jacó;
– Por fim, no Pará dá-se o nome de pão careca ao pão francês.
Há, ainda, uma nomenclatura curiosa para o tipo de pão que se pede em São Luiz, no Maranhão. Lá, o pão sovado chama-se massa fina e o pão francês, massa grossa.
Os nomes podem ser diferentes, mas o sabor é conhecido por todos os brasileiros que, tradicionalmente, se deliciam com o clássico pão francês com margarina ou manteiga de leite. E não há nada mais brasileiro que degustar um deles no café da manhã ou da tarde.
Assim como vários alimentos se tornaram vilões e depois passaram a ser fundamentais, como foi o caso do ovo, os pães em geral podem ser consumidos, porém como todo alimento, o indicado é apenas usar o bom senso e a moderação.
Nada melhor que acordar num domingão deste, passar aquele cafezinho com um bom e recém-saído do forno pão de queijo ou com aquele pãozinho que acabamos de buscar na padaria e ler tranquilamente o nosso jornal.
Fato! São prazeres da vida que devemos sempre apreciar. Vai um pãozinho aí?