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01/09/2017 às 14h55min - Atualizada em 01/09/2017 às 14h55min

Vinho – a bebida dos deuses e seus acompanhamentos

"De gustibus non disputandum est" - Gosto não se discute

ADRIANA KARIMI MANISH | COLUNISTA

Como é bom saborear as nuanças dessa bebida tão exigente.

Na semana passada mergulhamos no mundo da Enologia. E é um assunto deveras delicioso.

Nesta semana vamos torná-lo mais apetitoso abordando os acompanhamentos.

Ao longo do tempo, o vinho, assim como a gastronomia, foi ganhando novos contornos com a descoberta de técnicas de cultivo, novos produtos utilizados na sua elaboração, novas maneiras de combinação de uvas, etc. A partir disto, uma variedade quase infinita de vinhos começou a ser produzida. Atualmente, os sabores, os aromas, as características de cor, acidez e corpo dos vinhos são inúmeros.

É por isso que todo amante do vinho já se pegou na situação de dúvida a respeito de qual tipo escolher para harmonizar com determinado prato. Ou o contrário: que receita escolher para desfrutar aquele vinho especial guardado na adega? Nessas horas, devido ao grande número de possibilidades de harmonização com os alimentos, estar por dentro da cultura do vinho se faz bastante necessário.

Harmonização é sempre um desafio. Colocar lado a lado vinho e comida, e transformar essas parcerias em momentos especiais da vida, é uma tarefa prazerosa, por isso, estabelecer regras é sempre perigoso; segui-las cegamente, então, pode resultar experiências genéricas e não tão prazerosas. Mas, por estar inserido em um mundo de tradições fortes, o vinho tem algumas especificações básicas para sua harmonização que foram sendo adquiridas pela experiência ao longo do tempo.

As sugestões aqui apresentadas não constituem regras absolutas, mas apenas uma diretriz para suas experiências pessoais de combinação de vinhos e pratos. A preferência pessoal e a criatividade certamente o levarão a novas descobertas nessa apaixonante e rica área de pesquisa e prazer.

- Vinho Tinto: sempre vai melhor com carnes, mas como tem vários tipos, acaba sendo muito versátil

- Tinto seco leve: carnes vermelhas fritas ou grelhadas, frango assado ou cozido, pizzas, bacalhau com molho e paella

- Tinto seco encorpado: carnes assadas e queijos brancos, como o brie e o camembert

- Tinto leve: massas com molhos leves

- Tinto encorpado: queijos duros, como o provolone

- Tinto seco: massas com molho de tomate, molho de ervas ou ainda com molho condimentado, além de queijos amarelos, como o parmesão e gouda, e frios em geral

- Vinho Branco: são melhores quando harmonizados com peixes e frutos do mar; quase nunca combinam com comidas muito temperadas e carnes vermelhas.

- Vinho Rosé: são ótimos com carnes magras grelhadas, frango assado, verduras gratinadas, massas italianas, charcutaria, entradas, tortilhas e omeletes. Não cai bem com peixes e mariscos cozidos, peixes magros grelhados, carnes gordas e queijos azuis

- Espumante: são flexíveis e vão bem com diversos pratos, mas a sua excelência se dá quando servidos como aperitivos, harmonizando muito bem com queijos de massa branca, como o Brie e o Camembert, peixes fumados (salmão), carnes gordas assadas (leitão, porco), aves assadas (frango, pato), entradas e aperitivos

- Vinho do Porto: frutas secas, bolos, queijos azuis, sorvetes e sobremesas

Dito tudo isto, não se deixe limitar. O vinho, assim como quase tudo na vida, é uma questão de gosto. O melhor a fazer é seguir os seus instintos e tentar novas experiências. Use o seu bom senso, molde a harmonização ao seu gosto, sempre evoluindo aos poucos, e no final se permita novas descobertas.

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