Ah, esse doce néctar! O vinho é uma das bebidas mais antigas do mundo. Mas não é uma bebida qualquer. É uma bebida que deve ser degustada e apreciada. Assim como um livro pede uma capa, uma certa grafia e acaba escolhendo o seu público, o vinho escolhe o acompanhamento, a taça a qual será bebido e ainda, para ser bom, exige que tenha uma excelente companhia.
O vinho é uma bebida exigente, que pede que você entenda e se apaixone. O problema dessa paixão ao primeiro gole é querer mais e não saber por onde começar. Vinho é um produto bastante delicado e específico, são inúmeras variações e detalhes e não é fácil entender a diferença das uvas, da fermentação e das outras características presentes em um rótulo.
Quem deseja explorar o magnífico e delicioso mundo dos vinhos deve começar “do zero”, entendendo melhor o que é esta bebida que, com sua grande variedade, agrada a maioria das pessoas.
Mas, afinal, o que faz com que seja tão agradável tomarmos uma taça de um bom vinho? Os cientistas já estudaram as reações químicas provocadas pelo consumo moderado da bebida dos deuses e conseguiram constatar que ao ingerirmos certa quantidade de vinho, o cérebro passa a liberar um maior número de serotonina, substância que é capaz de gerar um estado de bem-estar e felicidade no indivíduo.
Além de questões fisiológicas que tornam o consumo do vinho uma experiência tão prazerosa, cabe-se salientar a importância que um consumo moderado da bebida pode provocar à saúde da pessoa, tendo sido comprovada a sua colaboração para evitar doenças vasculares, doenças coronárias, a redução ao risco de diabetes, entre outras.
Podemos dividir os vinhos em quatro categorias
- Tinto: a fermentação do mosto (o suco de uva que inicia o processo) ocorre em contato com as cascas, de onde vem à cor da bebida.
- Branco: o mosto é fermentado sem contato com as cascas. As uvas podem ser brancas ou tintas.
- Rosé: é feito a partir de uvas tintas, mas, neste caso, o contato do mosto com as cascas acontece por um curto espaço de tempo.
- Espumante: é um vinho comum ao qual é adicionado uma mistura de cana de açúcar e leveduras chamada liqueur de tirage. A substância gera uma segunda fermentação, cujo resultado é o gás carbônico (que transforma a bebida em espumante).
As principais uvas usadas na produção de vinho branco são: chardonnay (também é um importante ingrediente do champanhe), chenin blanc (dá origem a vinhos secos e doces), pinot blanc (aqui a bebida é mais leve e frutada) e sauvignon blanc (é ácida e fresca). Já na elaboração de vinhos tintos as variedades mais famosas são: cabernet sauvignon (origina o seco mais difundido pelo mundo), lambrusco (típica na Itália), malbec (produz vinhos com aromas florais), merlot (é semelhante à cabernet sauvignon, mas com sabor mais leve), periquita (gera o superfamoso vinho português), pinot noir (alguns dos vinhos mais caros do mundo vêm dela) e syrah (tem gosto forte de especiarias).
Boas marcas investem em rótulos bem detalhados. A etiqueta contém importantes informações sobre o vinho, como região de origem, nome do fabricante, ano de produção, variedade de uva usada, graduação alcoólica e identificação do engarrafador.
Mas não vale a regra vinho caro, vinho bom. O que realmente vale é você desconstruir dogmas e arriscar conhecer novos produtores e novos vinhos.
Lembre-se ainda que vinho é uma bebida para ser degustada. Moderação é palavra-chave. E, se beber, não dirija!