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21/05/2024 às 08h00min - Atualizada em 21/05/2024 às 08h00min

A imprensa

ANTÔNIO PEREIRA
A imprensa chegou a Uberabinha pelas mãos do professor João Luiz da Silva que montou o ‘A REFORMA”. Seu primeiro número saiu a 17 de janeiro de 1897. Não durou muito. Um ano depois, foi vendido e mudou de nome. Eram seus redatores o juiz substituto José Antônio de Medeiros Cruz (que cuidava da parte redatorial), o advogado Amando Santos mais o professor Jerônimo Teotônio de Morais que era também diretor do Colégio Uberabinhense. O seu último número saiu em 31 de maio de 1898. A Câmara Municipal adquiriu as máquinas e editou a “Gazeta de Uberabinha”. Além de publicar o expediente da Câmara, essa gráfica ainda publicou esses três jornais: “Gazeta de Uberabinha”, “Cidade de Uberabinha” e “A Semana”.

Em 1907, começou a sair “O Progresso”, de Bernardo Cupertino, que durou sete anos, por falecimento de seu dono. É o primeiro jornal onde se colhem notícias importantes sobre o desenvolvimento da cidade. Outros surgiram, mas o interessante para nós foi o “Brazil”, editado pela Livraria Kosmos, porque, em 1911 lançou o concurso que criou o nome da cidade. O Brazil queria mudar o nome de Uberabinha e propôs a seus leitores que enviassem sugestões. João de Deus Faria enviou “Uberlândia” que teve a preferência dos promotores, mas o coronel José Theóphilo Carneiro impôs a suspensão do concurso e a cidade continuou Uberabinha por mais quase vinte anos.

Depois de “O Progresso”, surgiu no dia 7 de setembro de 1919, “A Tribuna”, de Agenor Paes. Enfim, há uma grande mudança no jornalismo uberlandense. Jornal dinâmico, combativo, que tem sua própria clicheria e noticiava os fatos do dia a dia com ilustrações. Pena que era político, cocão, e suas notícias eram tendenciosas.      

No final da década de 1931, “A Tribuna” desapareceu, mas já estava circulando o jornal de maior durabilidade, o “Correio de Uberlândia”, fundado em 1938 por um empresário de Ribeirão Preto que pouco vinha aqui, José Honório Junqueira. Também circulava, desde 1925, “O Repórter”, criado por Arthur Barros. Em 1956, Ary de Oliveira trouxe de Araguari, “O Triângulo”, cuja circulação se iniciou em Uberaba, nos princípios do século. Esses três jornais, que tiveram boa duração, nos seus princípios, nada acrescentaram ao que oferecera “A Tribuna”. 

Depois de muitos anos, o “Correio de Uberlândia” iniciou uma modernização paulatina, porém, vão transformar a imprensa da cidade os jornais “De Bolso”, do Afonso Torres, e o “Primeira Hora”, políticos. Esses dois jornais não duraram muito e o Correio de Uberlândia continuou a modernizar-se até tornar-se um jornal digno da cidade. Enfim, em 31 de dezembro de 2016, acabou-se o Correio.  

Seria o fim da imprensa local, se, em 2018, Felipe Faria não transformasse o “Diário do Comércio”, pequeno jornal de pequenos anúncios, fundado em 1986, no atual “Diário de Uberlândia”. Em 2020, como toda a imprensa, por força das circunstâncias, além do jornal impresso passou a ser também digitalizado.


*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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