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13/04/2024 às 08h00min - Atualizada em 13/04/2024 às 08h00min

Realidade, sonho, coragem e futuro

SE MANCA!, por Igor Castanheira

SE MANCA!, por Igor Castanheira

O jornalista Igor Castanheira traz seu olhar sobre temas relacionados a inclusão e acessibilidade.

IGOR CASTANHEIRA
Toda criação humana vem de um sonho, da nossa imaginação. Temos o poder de concretizar as nossas ideias e de materializar aquilo que um dia esteve em nossa mente. O mundo foi reconstruído assim e os nossos padrões também foram se transformando.

É estranho perceber que o tempo nos força a mudar, contudo, resistimos ao que é natural. Quando sonhamos com o que não existe, somos apenas sonhadores, loucos e inconsequentes, no entanto, temos duas opções.

A mais fácil é sucumbir a realidade existente, retomar a nossa posição já estabelecida e nos contentar com mais do mesmo. O “comum” já me basta. Por meio da repetição, aceitamos e engolimos o choro, a necessidade da sobrevivência adormece o sonho e o nosso sofrimento é afagado com um enganoso, mas confortante reconhecimento de amadurecimento. 

Assim, podemos seguir, encarando a realidade vigente, aceitando a sobrevivência como um troféu e, em alguns momentos, ganhar um consolo de alguém, que vê ou já enxergou no sonho adormecido uma certa dose de razão, mas incompreendida e inimaginada por todos em nossa volta. E, ao confrontar a frustração com a realidade, o resultado é o crescimento.

Compreendemos que a evolução vem da dor e que o nosso desenvolvimento depende dela. Por outro lado, enquanto insistimos com o sonho, mais imaturos e inconsequentes somos. Pois, os sonhos nos alimentam, porém precisam de subsídios e apoio para continuar fortes e desbravadores. 

Para os sonhadores, a felicidade é a recompensa, a vida é uma dádiva, o mundo um parque de diversões e a nossa passagem por aqui uma verdadeira festa, sem passar despercebido. Se vencermos, a nossa história de superação será símbolo, se pararmos é porque desistimos e cair no esquecimento não está nos vocabulários dos sonhadores, que ganham alcunha de corajosos.

Quem sonha tem que ter coragem, o novo assusta, mas também fascina. Por isso, afirmo, não há uma verdade absoluta, certo ou errado. Apenas existem singularidades, bilhões delas, para deixar viver com liberdade e não nos enquadrar em algo que conhecemos, a gente sabe tão pouco.
A singularidade é uma realidade, nosso sorriso é a nossa arma e as histórias que construímos são os nossos combustíveis. Compreendo a história, faço parte do processo, mas não sou de me contentar em ser aceito. Ao meu redor com alegria, uma crença inabalável, vou vendo o meu mundo singular ganhando forma e o melhor, a singularidade me aproxima, me faz agregar e somar forças.

As duas opções estão certas, descubra qual te faz feliz e siga sem medo, pois em nenhum dos dois casos, podemos prever o futuro.



*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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