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13/01/2024 às 08h00min - Atualizada em 13/01/2024 às 08h00min

Com sensibilidade e conhecimento, Luana Terra vive a solitude enquanto descobre a beleza do mundo

SE MANCA!, por Igor Castanheira

SE MANCA!, por Igor Castanheira

O jornalista Igor Castanheira traz seu olhar sobre temas relacionados a inclusão e acessibilidade.

IGOR CASTANHEIRA
A vida lhe ensinou que o conhecimento lhe traz liberdade, com isso, aprender se tornou sua grande paixão. Através dos livros, foi quebrando preconceitos, desmistificando dogmas e, assim, foi construindo e contando a sua história sem nenhum holofote.

O tempo foi passando, algumas marcas dessa sua trajetória foram profundas, mas que ela prefere guardar para si. Com seu jeito quieto, observador e analítico, a jovem foi derrubando muros, despertando sonhos e, com o auxílio da literatura, descobriu um mundo de possibilidades.

Alinhando uma sensibilidade aguçada com uma inteligência absurda, a menina tímida cresceu. Sentindo as dores do mundo e ciente da nossa limitação como seres humanos, ela se sensibiliza com o próximo, não se importa com os status e tampouco com os padrões que devemos seguir, ao mesmo tempo em que se coloca como uma pessoa imprescindível no trabalho, hoje ela lida com números.

Eu, com meu jeito falante e cheio de histórias, reparei naquela mulher, quietinha no seu canto, trabalhando, se colocando somente quando necessário. Entre um café e outro, um sorriso e uma história aqui e outra ali, percebi que estava conhecendo alguém Especial e Singular em vários sentidos.

Sem criar muito alarde, sem chamar a atenção, sem precisar se expor, essa mulher decidiu viver para ela. Ser feliz do jeito dela e não faz questão nenhuma que alguém a acompanhe, simples assim. Mas se você se aproximar e compreender a beleza da vida pelo prisma dela, você é acolhido e muito da nossa percepção sobre a vida muda. 

Conhecedora e admiradora da história da humanidade, consciente das nossas falhas terríveis e irreversíveis, contudo, também sabe  da nossa capacidade criativa e da diversidade cultural que nos fizeram chegar até aqui, sozinha ela resolveu viajar e conhecer lugares e monumentos que marcaram a cultura de vários povos.Se emocionou e chorou a cada embarque e desembarque, a cada lugar ou cenário representativo que chegava. Essas lembranças alimentam a sua alma e a motivam a continuar, ela não precisa divulgar ou compartilhar isso, o que sente é suficiente e indescritível.

A natureza está sempre presente, a sua melhor companhia, seja no alto da montanha ou no quebrar das ondas, mergulhando no oceano ou perto de um vulcão, isolada no meio do mato, ou no seu quarto provisório, acompanhada de um bom livro, ela se satisfaz.

Atualmente, acompanhada de um notebook e uma mochila, cada vez menor, essa linda mulher e esse ser humano fantástico está na Costa Rica, aprontando das suas, visitando belos lugares e aproveitando cada momento.

O seu nome já te deu liberdade para viajar, conhecer a história,lamentar a nossa insignificância e aproveitar o melhor que o mundo lhe oferece. Luana Terra, você sabe que a vida é movimento, você não espera, você age, você  se diverte e deixa nós, do lado de cá, criando várias histórias. 
Talvez, Luana, você esteja certa, despreocupada e desconectada, você desperta a sua essência, sempre em busca  da sua felicidade. Se você é capaz de enfrentar todas as dores que a vida lhe causou, transformando-as em algo que lhe fez evoluir sozinha, não há necessidade de mostrar para o mundo que você venceu.

Aí, está a maravilha da vida, você se motivou em meio as dificuldades, não culpou ou guardou mágoa, apenas encontrou uma das maneiras mais lindas de se viver. Tendo e praticando empatia com o próximo, com gratidão a natureza e amor, compartilhado com aqueles que querem compartilhar um pouco deste seu mundo, pois uma vez você me disse a frase mais bonita que ouvi nos últimos tempos  “O bem é o ato mais egoísta que podemos fazer”

Luana, obrigado por fazer da simplicidade algo sofisticado e por nos mostrar que com um livro na mão e uma mochila nas costas, a gente pode abraçar a terra e amar quem nos ama. Vivendo a plenitude da solitude, pois sabe que também é acolhida e muito amada.



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