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23/12/2023 às 08h00min - Atualizada em 23/12/2023 às 08h00min

Qual recordação você tem do Natal?

SE MANCA!, por Igor Castanheira

SE MANCA!, por Igor Castanheira

O jornalista Igor Castanheira traz seu olhar sobre temas relacionados a inclusão e acessibilidade.

IGOR CASTANHEIRA
O Natal está aí, é o melhor presente que temos, de maneira natural, nos permitimos ser mais sensíveis, podemos ser mais emotivos, temos a autorização para abaixar o nosso escudo de proteção e somos mais livres para aceitar o amor.

Essa maneira  que vemos o ser humano no mês de dezembro tem que ser preservada e amplificada durante todo ano. Nós podemos criar fantasias e sonhos nessa época, por que abandoná-los com a virada do ano?

Se percebemos uma empatia maior com o outro, se temos mais vontade e disposição para oferecer ajuda ao próximo, sorrir com um carinho e ou uma demonstração de afeto é mais fácil. Então, por que nos importamos mais com  o que está colocado embaixo da árvore de Natal, geralmente muito bem embalado, mas com data de validade?

Se o que conseguimos despertar é muito mais valioso do que qualquer coisa perecível que possamos ter. Sentir felicidade, amor  e gratidão é algo único que não precisamos de datas e nem dinheiro para compartilhar.

Independente de qualquer crença ou condição, o Natal nos traz esperança e reacende a chama do temos de melhor, não podemos apagá-la tão facilmente. 

Se a realidade nos consome diariamente, o lúdico nos mantém firmes na certeza de que podemos mudar.  O Natal é o período no qual permitimos que a magia tome conta da nossa realidade, já desgastada com tanta pressão.

No Natal só queremos voltar a ser criança,  reviver  histórias, reencontrar a família, se deliciar com um banquete na casa da avó, ou, no meu caso, só um macarrão, feito com todo amor, já vale a minha ceia inteira.

Relembrar  esses momentos nos conforta a ponto de querer contar outras histórias.Mas quando não for mais possível escrever um novo capítulo, visite essas saudosas lembranças e reative o sentimento de pertencimento e acolhimento que um dia lhe pertenceu.

O Natal me traz memórias do meu avô, aniversariante do dia, cujo nome era Natal, criativo? Não sei, mas recordo da casa lotada, da mesa farta, da correria, da cozinha, do jogo de cartas, da cervejinha e dele sentado na poltrona, vendo a missa pela televisão. Ele se foi, assim como a dona Neuza, minha outra vozinha. 

A casa não existe mais, as pessoas cresceram, as condições mudaram, mas o carinho, o amor e a gratidão por ter vivido aqueles momentos permanecem.

E você, qual recordação tem do Natal? 


*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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