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21/11/2023 às 08h00min - Atualizada em 21/11/2023 às 08h00min

Curiosidades: Queixas

ANTÔNIO PEREIRA
Velhos jornais da cidade levavam queixas curiosas à administração pública.

O jornal “A Nova Era” faz as seguintes reclamações:

No dia 16 de janeiro de 1907, diz que a estação é chuvosa, que está muito escuro à noite e as ruas cheias de lama e não estão acesos os lampiões da rua Barão de Camargos.

Dois meses depois, no seu n. 10, tendo em vista a demolição dos muros do cemitério que ficava na praça Clarimundo Carneiro, que a administração deveria cuidar da falta de luz, de água, de limpeza das ruas, das chácaras cercadas por arame farpado e prédios fora do alinhamento. Mas, já que está demolindo os muros do cemitério, que fizesse o ajardinamento do largo.

O jornal O Progresso de 3 de novembro de 1907 queixava-se de que o povo construiu o cemitério e a Câmara mandou derrubar o muro e usar as pedras em outras obras. Houve tantas reclamações que a Câmara mandou fechá-lo de novo com arame farpado.

No dia 16 de março diz que há muitos cachorros soltos pelas ruas. E, no dia 30 transcreve queixa de um cidadão que fala que os fiscais da Câmara Municipal (não havia prefeitura, quem administrava o município era um vereador escolhido por seus pares) estão matando a tiro os cachorros soltos na rua sem coleira. Que dão tiro até em frente às portas de casas.

No dia 4 de maio, é veemente em pedir que a igreja do Rosário seja mudada de lugar. Na época ela ficava na praça Dr. Duarte.

O jornal Paranahyba de 15 de outubro de 1914 critica a Lei n. 169,  projeto do vereador Júlio Alvarenga, que estabelecia o limite de oito horas por dia para o trabalho dos operários urbanos. A única lei trabalhista que existia era o Decreto Federal n. 313 que proibia que menores de idade trabalhassem mais de nove horas por dia! Caramba! Uberabinha sempre pioneira.

O jornal A Tribuna, de 12 de setembro de 1.919, sugere à prefeitura que contrate uma carroça para recolher o lixo, resíduos de cozinha, águas servidas que apodrecem e atraem urubus porque o povo joga seu lixo no quintal ou nos largos (futuras praças).

O jornal A Tribuna de 1923, publica reclamação de leitor que reclama da imposição de taxa de esgoto sobre imóveis no valor de um conto a 500 mil reis e da obrigatoriedade de construção de latrinas. Em 1925, continua a mesma reclamação. Na época, as casas não possuíam latrinas.
 

*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
 
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