O jornalista Igor Castanheira traz seu olhar sobre temas relacionados a inclusão e acessibilidade.
IGOR CASTANHEIRA
Não aceitamos O quão pequeno que somos Nos achamos espertos Inteligentes Sagazes Evoluídos.
Queremos acreditar nisso Quanta ingenuidade Somos apenas Mais uma espécie Em extinção!
Porém somos cruéis Além de nós Levaremos junto Toda a diversidade.
Sem tempo para um Adeus Tudo acontecerá rápido De forma indolor Imperceptível.
Não haverá Um recomeço imediato O mundo Renascerá.
Talvez Quem sabe Um dia seremos História. Lhe peço Seja quem for O próximo Ou a próxima Raça Não recomecem Não vale a pena Por favor! Por aqui Não aprendem.
A vida Não é suficiente O sonho É o futuro E o presente Apenas um pretexto Do próprio pesar.
Nunca estão satisfeitos Queremos mais Acumular É o objetivo E o valor É sempre palpável Instável Monetário.
Vivem preocupados Com o outro Com o status Com o sentimento alheio Com a próxima conquista.
Insaciável O mercado Molda Os deixam Frios Descartáveis Contudo Continuam Acreditando Na evolução Que loucura Isso aqui!
Tudo rápido Conectado E a um clique da destruição
Assim é Sempre em guerra Com desculpas Patrióticas!
Um discurso Excludente Forte Cruel Desumano Mas com Adeptos vivem sempre Gerando medo Mas Sempre alimentam Uma falsa esperança.
Entretanto Haverá um futuro Acreditam nele Como em tantas outras coisas Imaginárias.
Todavia O novo Nunca foi aceito O medo Sempre venceu.
Por aqui Muitas teorias São criadas Várias delas Lindas! Que podem Funcionar Em uma nova era.
Sem vícios Ou preconceitos Sem fórmulas Ou padrões O amor É o único bem Daqui.
Só posso pedir Ao próximo Ou aos próximos Não deem nomes Jeitos Padrões Sequer Tente compreendê-lo.
Vocês não precisarão Se complicar Como os humanos Essa raça insignificante involuída E tão dona da verdade Que fez da vida Um fardo Um peso Com goles de euforia E raros momentos Pré-determinados De felicidade
Me dividiu Me confundiu E me construiu E destruiu Com as imperfeições Que eles Têm.
Tive vários nomes Formas E me cortaram De vários jeitos Cada um criou A própria Singularidade.
Mas quer saber Cansei! Não vou morrer Calada. Ninguém aprendeu Nada.
Aqui A guerra Continua Eu não sei Se esse desabafo irá adiantar Estou machucada Doente Em todos os aspectos Vocês me têm Por inteira Por que me dividir? Pra que criar fronteiras? Cada pedacinho Tem um nome Uma crença Uma guerra Uma perda. Preciso voltar a ser Pangeia. Estou pedindo socorro E mais um pouco de Amor!
*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.