O jornalista Igor Castanheira traz seu olhar sobre temas relacionados a inclusão e acessibilidade.
IGOR CASTANHEIRA
Não temos manual Não há uma maneira certa de viver Ainda não somos programados Somos únicos Cheios de singularidades.
Temos que aprender Não precisamos nos encaixar Não somos obrigados a seguir um padrão Não sabemos tudo Não é necessário saber Não somos robôs Ainda.
Temos sentimentos Somos feitos de emoções Que já entram em conflito Naturalmente Com a racionalidade.
Temos muito trabalho Vivemos em busca de equilíbrio Com muitos desafios Temos que seguir em frente Encontrar nossa essência Despertar a nossa felicidade Controlar nossos desejos Realizar nossos sonhos Às vezes levamos anos Para descobrir. Mas temos medo E Muitas vezes Nos contentamos Com o comum Tudo bem.
Não é errado Se contentar em ser aceito Pode ser doloroso Vivemos na expectativa Do amanhã Do que possivelmente Estamos plantando Mas certeza Nunca teremos.
Porém, continuamos Antigamente Esse processo Era silencioso Dividido e compartilhado Com poucos.
As nossas dores Eram nossas Trabalhadas por nós Em um processo individual Tínhamos dificuldade de pedir ajuda.
Contudo Dávamos um jeito A maioria das vezes Tentávamos nos encontrar Achar algum caminho Seja sozinho Com um amigo A família Ou ajuda profissional.
Podíamos testar As três ou quatro possibilidades Se desse errado Tínhamos suporte Quando queríamos.
O nosso desenvolvimento Era solitário Podendo ou não Ser compartilhado Com poucos A decisão era nossa E era difícil tomar.
No entanto Seguimos algumas teorias Alguns padrões Não sabíamos Se daria certo Mas insistimos.
Acreditávamos No nosso tempo Nos vimos obrigados A fazer alguma coisa Ou simplesmente Desistimos.
Se antigamente Carregamos um peso Da nossa luta E do nosso meio Hoje carregamos O mundo As dores De todos.
É impossível Não sucumbir E não enlouquecer.
O mundo virtual É resumido em uma página A de busca De forma superficial Acumulamos informações inúteis Conhecimentos rasos Tudo em busca De aprovação E acolhimento.
Provocando conflitos Dúvidas Medos E uma falsa sensação De superioridade Capazes de nos deixar Ignorantes Donos da verdade Todos somos!
A nossa opinião! Que nunca é própria E Com base no que vimos Lemos Ou escutamos De alguém Faz com que acreditemos Que Criamos Uma opinião própria. Na verdade Ela é cheia Cheia de outras opiniões Como aquela brincadeira Do Telefone Sem fio Sempre foi assim.
Precisamos de um modelo. São milhares de teorias De pseudo estudos Sobre tudo Nos percebemos burros Fracassados E sem rumo.
Alimentando A nossa competitividade Diariamente.
Ao mesmo tempo Pregamos igualdade Contraditório, não?
Temos a necessidade De nos compararmos De nos sentir melhores De ter a falsa impressão De que vencemos.. Sem saber Qual a verdadeira Sensação de vitória Isso nos mata.
Aos poucos Presos No mundo virtual Alimentamos As nossas fraquezas Potencializamos o nosso ego Com isso Seguimos Rolando o dedo Para mais um reels Curtindo mais uma foto Compartilhando E nos comparando Com o outro
Não se esqueça Da nova teoria Da sua felicidade Da conta bancária abundante Do amor perfeito De viver seu sonho Da família margarina Dos amigos leais Do emprego Acredite No seu esforço Se iluda com a meritocracia.
Deixe o mundo virtual Mentir sobre a vida Editar a felicidade E multiplicar o seu vazio Todavia Lembre-se Você consegue.
Fácil Como qualquer filme Da Marvel Onde nem os superpoderes Resolvem. Há sempre Uma continuação Uma esperança Por isso O sucesso A expectativa.
Assim é a vida Precisamos do lúdico Necessitamos Encontrar nossas forças Enfrentar nossos medos Aprender a melhor maneira de lutar Construir laços Desenvolver o nosso poder Saber apanhar Como Rocky Mas levantar Às vezes Ser espalhafatoso Como o Máscara Ser romântico Com quem amamos Contudo Precisamos compreender Como amar? O importante É não desistir!
A nossa imaginação É poderosa Deixe-a livre Para criar Sonhar Acreditar Persistir E realizar Não a prenda Em uma tela E não deixe Que tanta falácia A coloque em perigo
A imaginação Sabe do nosso potencial Quer nos ajudar Alimente ela Com seus sonhos E sua humanidade Não com fórmulas E teorias de mercado Com seu ego Que vendem A própria Vida.
Lembre-se Ela é bela Mas é finita Aproveite Não enlouqueça Com a Matrix.
*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.