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29/04/2023 às 09h00min - Atualizada em 29/04/2023 às 09h00min

Autismo: aprender segundo idioma é possível?

Por Patrícia Ferreira, psicóloga escolar da Casa Thomas Jefferson
Estabelecido pela ONU em 2007, abril é o mês da Conscientização sobre o Autismo. A data busca disseminar informações para a população sobre o autismo a fim de minimizar a discriminação que cercam as pessoas afetadas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA). As pessoas diagnosticadas com o TEA apresentam déficit na comunicação e interação social e na reciprocidade socioemocional. No entanto, em cada indivíduo é manifestado de formas e intensidades diferentes.
 
Diante dos inúmeros desafios e dúvidas que cercam o TEA, principalmente em relação ao aprendizado, nos deparamos com a seguinte dúvida de vários pais: será que é possível também aprender um segundo idioma?
 
Ao longo desses anos trabalhando como psicóloga escolar da Casa Thomas Jefferson, percebemos que, se o aluno autista tiver a capacidade cognitiva preservada, não só é possível quanto necessário, já que quanto mais estímulos a criança receber melhor para o seu desenvolvimento, mesmo que  em um ritmo diferente ou que não atinja o mesmo nível de aprendizagem.
 
Isso porque, primeiro, é bom lembrar que as crianças autistas têm o direito de receber, como todas as outras, uma educação universal mesmo diante de distintas formas cognitivas. Depois, é que todo ser humano tem a capacidade de continuar fazendo conexões entre os neurônios. Então, de uma forma geral, quanto mais estímulos, mais sinapses e, consequentemente, a aprendizagem não só será possível, como também necessária para a evolução.
 
E o ensino da segunda língua acaba sendo um fator positivo. As pesquisas na área apontam para o interesse de crianças no espectro de aprender uma segunda língua, o que é comprovado na procura das famílias dessas crianças pelos nossos cursos. Além disso, no momento da aprendizagem, há uma melhora da parte cognitiva da criança e um aprimoramento da capacidade de adaptação a situações distintas, emitindo respostas específicas para cada caso.
 
*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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