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13/08/2022 às 08h00min - Atualizada em 13/08/2022 às 08h00min

14 de Agosto – Dia do Combate à Poluição

TÚLIO MENDHES

Amanhã, 14 de agosto, será celebrado mais um “Dia do Combate à Poluição”. A data surgiu como um alerta às consequências da poluição ambiental sejam elas físicas, químicas ou biológicas. 

 

Pois bem... quando falamos em poluição, de imediato concluímos a relação da degradação das características naturais do meio ambiente. Em outras palavras, trata-se da remoção ou adição de substâncias que prejudicam a natureza, seja no ar, no solo ou na água. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), a poluição da natureza é tão intensa que é responsável por uma em cada quatro mortes prematuras de pessoas por ano em todo o mundo. Isso significa que 12,6 milhões de pessoas morrem anualmente. Em outra pesquisa a ONU indica que 7 milhões de mortes prematuras são provocadas todos os anos somente pela poluição do ar.

 

Além disso, existem outras formas de poluição que chamam nossa atenção, por exemplo, a poluição do solo que está muito relacionada com o descarte inadequado de lixo e contaminação por produtos agrícolas, tais como agrotóxicos. A poluição atmosférica está relacionada com o agravamento do efeito estufa e o surgimento de chuva ácida, além de ser responsável pela alteração da composição do ar e desencadeada, entre outras causas, por indústrias, automóveis e até mesmo fatores naturais. A poluição hídrica afeta as propriedades físicas, químicas e biológicas da água, comprometendo sua qualidade. Uma das principais fontes desse tipo de poluição é o despejo de resíduos urbanos em rios e lagos. A poluição visual causa incômodo a quem vê, uma vez que deixa o ambiente carregado. Ela é gerada pelo número excessivo de propagandas, outdoors, posters e cartazes. A poluição sonora ocasiona sons e vibrações de volume extremamente alto. Apesar de muitas pessoas não se importarem com essa poluição, ela é gravíssima e pode causar problemas cardíacos e mau humor.

 

Resumidamente, qualquer tipo de poluição está relacionada à remoção ou adição de substâncias que prejudicam a natureza, seja no ar, no solo ou na água. É indiscutível que a poluição afeta diretamente nossas vidas e precisa ser evitada para garantir a nossa qualidade de vida, mas principalmente das gerações futuras. Prova disso é que 9 em cada 10 crianças respiram ar que contém concentrações de altíssimos poluentes. Consequentemente, 600 mil crianças morrem prematuramente a cada ano. A exposição ao ar sujo também prejudica o desenvolvimento do cérebro, causando deficiências cognitivas e motoras. Bom... quando falamos em qualidade do ar, precisamos também abordar a qualidade do ambiente doméstico que, também é motivo de preocupação. Mais da metade de todas as mortes por pneumonia em crianças menores de 5 anos pode ser atribuída à má qualidade do ar em ambientes fechados.

 

Vale lembrar que é responsabilidade do Poder Legislativo elaborar políticas públicas que contribuam com a preservação do meio ambiente e combatendo a poluição em diversos espaços.  Relacionada a isso, foi instituída a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81). Esse conjunto de normas foi criado com o objetivo de preservar e recuperar a qualidade ambiental. Parte do texto define como poluição a degradação da qualidade do ambiente que prejudique a saúde, afetando desfavoravelmente todos os seres vivos, inclusive a flora e a fauna.

 

Outra preocupação é a poluição atmosférica e os produtos químicos que afetam a água potável destruindo aceleradamente nossos ecossistemas. No caso da água potável, existe o risco da presença cada vez maior de bactérias resistentes a antibióticos em fontes de água tratada. O resultado disso é a provocação de uma espécie de epidemia mundial com efeitos negativos sobre as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente. No ano passado, por exemplo, foi realizada a primeira Conferência Global sobre Poluição do Ar e Saúde, organizada pela OMS junto à ONU e outros parceiros. Nessa conferência, os participantes se comprometeram a reduzir mortes ligadas à poluição do ar em dois terços até 2030.

 

Embora existam inúmeros fatores que contribuam para o desequilíbrio do meio ambiente, é essencial que cada dia seja feito mais esforços do Poder Público e obviamente dos cidadãos para garantir uma qualidade de vida e bem-estar. O Brasil e o mundo todo têm motivos suficientes para abraçar a causa, já que o cenário geral de degradação ambiental vem piorando, apesar dos esforços de alguns países e de importantes avanços pontuais. Lembrando mais uma vez que, toda essa preocupação não seja somente em relação ao momento atual, mas principalmente considerando as futuras gerações. Por hoje é isso. Até a próxima.

 

*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

 
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